Felipe Massa processa F1 por título do Mundial de 2008
Brasileiro pede reconhecimento de vitória e indenização
O brasileiro Felipe Massa, que se considera o vencedor moral do Campeonato Mundial de Pilotos de 2008, conquistado pelo britânico Lewis Hamilton, apresentou na última segunda-feira (11) uma ação no Supremo Tribunal de Justiça de Londres para reivindicar o título.
O ex-piloto da Ferrari, atualmente com 42 anos, está processando a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o ex-chefe da F1 Bernie Ecclestone e a empresa Formula One Management (FOM).
Em nota, seus advogados explicam que "Massa solicita uma declaração de que a FIA violou seus regulamentos ao não abrir prontamente uma investigação sobre o acidente de Nelson Piquet Jr. no Grande Prêmio de Singapura de 2008 e que, se tivesse agido adequadamente, o sr. Massa teria vencido o campeonato mundial de pilotos naquele ano".
Além disso, o brasileiro "também pede uma indenização pelas significativas perdas financeiras causadas pela FIA, nas quais Ecclestone e a FOM também foram cúmplices".
Segundo a imprensa, Massa pede uma indenização de US$ 80 milhões em danos para compensar a perda salarial e de contratos comerciais que o título de campeão mundial lhe teria rendido.
O título de 2008, o primeiro dos sete conquistados por Hamilton, foi decidido por uma margem estreita com o brasileiro terminando apenas um ponto atrás do britânico. Porém, Massa acredita que foi injustiçado no Grande Prêmio de Singapura, a 15ª das 18 corridas previstas para aquele ano, vencida pelo espanhol Fernando Alonso (Renault).
O ex-piloto afirma que, para ajudar Alonso a vencer, sua equipe ordenou que seu segundo piloto, Nelson Piquet Jr., saísse deliberadamente da pista e batesse em um muro.
Alonso, que largou na 15ª posição no grid, tinha acabado de fazer um pit stop no momento do acidente e a intervenção do safety car permitiu-lhe ultrapassar todos os outros pilotos, que depois tiveram que parar nos boxes.
Massa, que liderava a corrida no momento do acidente, teve uma parada que se transformou em um pesadelo, com o brasileiro reiniciando a corrida com a mangueira de combustível ainda presa ao carro. Ele terminou em 13º lugar enquanto Hamilton, em terceiro, conquistou pontos que lhe garantiram o título.
Na temporada seguinte, Nelson Piquet Jr. revelou que bateu seu carro por ordem de sua equipe. Ecclestone, chefe da F1 na época, admitiu em entrevista no ano passado que a classificação do GP de Singapura não deveria ter sido validada e que o título mundial deveria ter ido para o brasileiro. .