Filho de Bruno Covas ataca Bolsonaro em polêmica sobre final
Tomás diz que presidente da República foi "covarde" ao criticar seu falecido pai por ex-prefeito de SP ter ido ao Maracanã para ver decisão
Tomás Covas, filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, falecido em maio, rebateu nesta terça-feira as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a ida deles ao Maracanã para assistir à final da Libertadores entre Santos e Palmeiras, em janeiro. Tomás citou covardia nas palavras do chefe da República aos seus apoiadores na última segunda-feira, em Brasília.
"O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã" disse Bolsonaro. E a reação de Tomás veio por meio de uma mensagem enviada através da coluna da jornalista Monica Bergamo na Folha de S. Paulo.
"Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde hoje durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas", afirmou ele à coluna.
"Meu pai sempre foi um homem sério e fez questão de me levar ao Maracanã no fim da sua vida para curtirmos seus últimos momentos juntos. Isso é amor! Bolsonaro nunca entenderá esse sentimento", completou.
Bruno Covas chegou a ser criticado nas redes sociais e respondeu na época com uma postagem afirmando ter cumprido todos os protocolos e estar desfrutando de um pequeno prazer ao lado do filho, diante das incertezas da vida por causa de seu câncer.
A declaração de Bolsonaro acerca do assunto também repercutiu entre políticos. Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem Brasileira dos Advogados (OAB), João Doria, governador de São Paulo, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, deputado federal (PSB-RJ), e Randolfe Rodrigues, senador (Rede Sustentabilidade-AP), criticaram a fala do presidente da República e prestaram solidariedade à família de Bruno Covas.