Candidato à presidência do Flamengo revela capacidade de estádio no Gasômetro
Diretoria rubro-negra abriu conversas com os bombeiros e garantiu que o projeto só terá continuidade em caso de vitória da Chapa UniFla
O estádio próprio esteve entre as pautas de maior destaque no lançamento da candidatura de Rodrigo Dunshee de Abranches à presidência do Flamengo, nessa segunda-feira (14), no Jockey Club. Em seu discurso, o candidato da situação garantiu que haverá espaço para, no máximo, 79 mil pessoas no local e que o projeto não faz parte das propostas de seus concorrentes. A capacidade mencionada pelo vice geral e jurídico do clube entra em divergência com o número dado pelo atual mandatário, Rodolfo Landim, inicialmente.
A capacidade total dependerá das limitações impostas pelo organismo estadual, mas sabe-se que, pelas regras da prefeitura do Rio, o estádio terá que comportar pelo menos 70 mil pessoas. De acordo com Dunshee, a diretoria do Flamengo conversou com o Corpo de Bombeiros recentemente e definiu um espaço para receber entre 75 e 79 mil torcedores no local.
O próximo passo dependerá justamente do Corpo de Bombeiros, que estabelecerá regras para palcos de grandes eventos e limites específicos para questões de segurança nas arquibancadas. Os profissionais vão determinar, portanto, uma quantidade exata a partir do projeto apresentado pela diretoria rubro-negra em reunião.
O projeto
A atual gestão, responsável pela compra do terreno no Gasômetro, idealizou inicialmente um estádio com capacidade para 80 mil pessoas. Mas o número final dependerá diretamente do projeto de construção, visto que quanto mais vertical, maior a quantidade permitida dentro das obrigações de segurança e guarda-corpos.
A diretoria trabalha com a ideia de contar com arquibancadas populares, sem assentos, atrás dos gols - o que também pode interferir no número final da capacidade. Porém, a tendência, a partir das conversas com os bombeiros, é que o local suporte no máximo 79 mil pessoas mesmo.
Estádio do Flamengo
A gestão de Rodolfo Landim se reconhece como única responsável pela idealização do projeto e compra do terreno no Gasômetro. Não à toa, o presidente declarou que o planejamento de construção só receberá a devida atenção em caso de um resultado positivo para Dunshee nas eleições.
"Sabemos que a única maneira de fazer esse estádio sair, é transformando o Dunshee em presidente do clube", discursou Landim. A fala do atual presidente do Flamengo ocorreu durante o evento de lançamento da candidatura de seu companheiro à presidência do clube.
Neste momento, a diretoria do Flamengo trabalha no plano financeiro para construção do estádio - estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. A cúpula pretende apresentar um plano com as fontes de arrecadação para sócios a partir da próxima semana, ainda em meio à campanha eleitoral no Rubro-Negro.
Rodolfo Landim explicou que a diretoria pretende vender os naming rights e o potencial construtivo da Gávea como fontes de renda para construção. Para isso, contudo, o clube depende de aprovação da legislação municipal. O candidato Rodrigo Dunshee corroborou com o discurso do atual mandatário e também concordou com a comercialização de cadeiras cativas no estádio.
"Desde garoto, eu ouço falar que o Flamengo não tem estádio. Mas o Flamengo não tinha dinheiro e nem podia sonhar com estádio, nós mudamos o patamar. Esse clube tinha uma dívida de R$ 500 milhões, que encerramos essa dívida em cinco anos. Agora, como o maior clube do mundo, de maior torcida, não tem estádio? Como pode isso? Quem entrar aqui no Brasil vai ver o espetáculo de retorno financeiro. Nós vamos trazer a maior empresa do mundo para vir para cá, para investir no naming rights do Flamengo", declarou Dunshee em seu discurso.
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