Fla ficou longe do título com jogos desprezados por Renato
Técnico manteve sua coerência de não dar importância ao Brasileiro
Desde que chegou ao Flamengo, em substituição a Rogério Ceni, em julho, Renato Gaúcho deu evidências de que daria prioridade às competições de mata-mata (Copa do Brasil e Libertadores), deixando o Brasileiro em segundo plano. Se o Rubro-Negro tivesse vencido alguns jogos desprezados pelo técnico, estaria hoje disputando ponto a ponto o título do campeonato nacional com o Atlético-MG.
Em agosto, contra o Ceará, não levou a força máxima ao Castelão e o Fla acabou empatando (1 a 1) com o time da casa, que, naquele momento, fazia campanha muito ruim no Brasileiro. No mês seguinte, desperdiçou mais dois pontos ao empatar com o América-MG (1 a 1), em Minas, quando levou a campo um time misto.
Em outubro, ao ver o Flamengo perder para o Fluminense por 3 a 1, Renato deu uma declaração que marcou sua passagem pelo clube. “Quem tudo quer, nada tem.” Referia-se à pressão por escalar sempre o que tinha de melhor à disposição para lutar pelos três títulos possíveis no segundo semestre.
Já no final de novembro, a sua apatia no banco de reservas no empate por 2 a 2 contra o Grêmio foi visível notadamente nos instantes em que Vitinho fez os gols do time. Demonstrou sua contrariedade com a vitória que se desenhava em Porto Alegre, pois o resultado parcial de 2 a 0 afundava o Grêmio – clube com o qual tem muita identificação.
Além do mais, jogando com um homem a mais a maior parte do tempo, Renato tirou o próprio Vitinho para dar vez a um volante, Piris da Motta, o que despertou questionamentos de muitos críticos e torcedores sobre o real objetivo do treinador com a mudança.