Fla tem fim de ano melancólico e se despede mal do Maracanã
Frustração com campanha do time milionário foi muito grande
Quis o destino (ou seria a soma de erros de seus dirigentes?) que o Flamengo terminasse 2021 sem nenhum título expressivo e ainda sob vaias no Maracanã. A reação da torcida à derrota do time para o Santos, por 1 a 0, na noite dessa segunda (7), no Rio, tornou melancólico o fim da temporada do time rubro-negro.
As falhas na gestão do futebol começaram, na verdade, no ano passado, quando o Flamengo trouxe o técnico Domènec Torrent, substituído depois por Rogério Ceni, que pôs em risco o título do Brasileiro de 2020, conquistado na última rodada, mesmo com a flagrante superioridade do Flamengo sobre os demais clubes de ponta.
O desacerto no comando da equipe teve sequência com a vinda de Renato Gaúcho, em julho. O técnico estabeleceu uma estratégia que não funcionou. Preferiu deixar em segundo plano o Brasileiro para conquistar a Copa do Brasil e a Libertadores. Acabou sem ganhar nenhum dos três troféus e comprou briga com a torcida ao manifestar sua preocupação com eventual rebaixamento do Grêmio à Série B exatamente num jogo entre os dois times.
Sem Pablo Marí, Rafinha e Gerson, titulares na campanha épica de 2019, quando foi campeão da Libertadores e do Brasileiro, o Flamengo não conseguiu substitutos à altura. Na lateral-direita, Isla não é nem sombra de Rafinha. Na zaga, Léo Pereira, Bruno Viana e Gustavo Henrique não compensaram em nada a saída de Pablo Marí. Só recentemente, com a vinda de David Luiz, para fazer dupla com Rodrigo Caio, o setor pareceu mais sólido.
Já no meio, Andreas Pereira despontou como o reforço certo para a vaga de Gerson. Deu no que deu e Andreas vai carregar para o resto da vida o fardo de ter dado de presente o gol do título da Libertadores para o Palmeiras, marcado por Deyverson.
Sem a mesma forma de dois anos atrás, Bruno Henrique e Everton Ribeiro ficaram devendo em 2021. Gabigol e Arrascaeta tiveram problemas de contusão e desfalcaram bastante o Flamengo por causa das convocações das seleções brasileira e uruguaia. Tudo isso teve repercussão nos resultados em campo e o Flamengo foi caindo, competição a competição, como as peças de um jogo de dominó enfileiradas.