Flamengo mergulha em crise por causa de Jesus
Comando do futebol pode sair junto com Paulo Sousa
A notícia de que Jorge Jesus confirmou o desejo de voltar ao Flamengo e pode esperar até 20 de maio, publicada pelo jornalista Renato Maurício Prado, no Uol, caiu como uma bomba no clube. E expôs toda pressão nos bastidores para demitir o técnico Paulo Sousa.
O vice de futebol Marcos Braz e o diretor executivo Bruno Spindel são contra qualquer mudança no comando do time. Nos corredores da Gávea, há quem sinalize que os dois dirigentes podem sair junto com Paulo Sousa, numa grande reformulação no Departamento de Futebol.
A diretoria do Flamengo, até o momento, não veio a público se manifestar. Paulo Sousa, quando for perguntado sobre o assunto na próxima coletiva, vai se posicionar sobre as declarações do seu colega de profissão. E, dizem fontes próximas a ele, vai indicar, com educação, que não gostou da postura do compatriota.
O empresário Hugo Cajuda, responsável pela carreira de Paulo Sousa, já fez duras críticas a Jorge Jesus. Em nota divulgada à imprensa, Cajuda classificou o episódio como vergonhoso e disse ter faltado respeito.
Influente na vida política do clube, o ex-presidente Kleber Leite, que recebeu Jorge Jesus e Renato Maurício Prado, entre outros amigos, em sua casa para jantar e assistir ao jogo do Flamengo contra o Talleres, na quarta-feira (4), deixou claro em seu blog que é a favor da demissão do Paulo Sousa.
“A verdade é que não houve uma sintonia fina entre treinador e jogadores. O que temos visto nos jogos faz disso verdade irrefutável”, escreveu o dirigente, que tem apoio de outras correntes políticas.
Sob o comando de Paulo, contratado em dezembro de 2021, o Flamengo tem 14 vitórias, 6 empates e 3 derrotas, em 23 jogos. O time já perdeu duas finais: contra o Atlético-MG, pela Supercopa do Brasil, e diante do Fluminense, no Estadual do Rio.
Neste clima de ebulição, o treinador deve definir nesta sexta a equipe que vai enfrentar o Botafogo, no domingo (8), em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro. Pelo visto, é como prega o hino: vencer, vencer ou vencer.