Flamenguista, Vini Jr tem missão 'ingrata' no Mundial
Atacante quer levar o Real Madrid ao topo novamente, além de impedir que time do coração sorria no Marrocos
Em busca do bicampeonato mundial (conquistado em 1981), o Flamengo projeta encontrar o Real Madrid (ESP) na final, no próximo sábado (11). Para isso, é necessário que as duas equipes confirmem o favoritismo e garantam a vaga. Caso o duelo seja confirmado, o Fla pode ter o flamenguista Vini Jr como algoz.
O atacante Vini Jr é "muito" flamenguista e foi revelado pelo próprio Flamengo. Antes de completar a maioridade, ele já estava vendido para o time espanhol, que o comprou em 2017 por cerca de 45 milhões de euros (cerca de R$ 157 milhões).
O camisa 20 só chegou ao Real em julho de 2018, quando completou 18 anos. A adaptação não foi fácil e ele chegou a jogar no Real Madrid B. Apesar disso, foi o primeiro jogador nascido nos anos 2000 a atuar pelo clube.
Do início inconstante à idolatria
Aos poucos, Vini conquistou o seu espaço. Hoje, aos 22 anos, é titular absoluto, ídolo, com 50 gols em 201 jogos. São sete títulos. Vinícius, aliás, marcou o tento do título da Champions League 2021/2022: 1 a 0 no Liverpool. Foi por causa desta conquista, a maior da Europa, que o Real se classificou para o Mundial de 2022, que está sendo disputado agora em fevereiro.
Vini Jr disputou a Copa do Mundo de 2022 como titular do Brasil e fez um gol, mas não levou a Seleção ao Mundial, objetivo que agora ele busca com o Real Madrid.
Natural de São Gonçalo, no Grande Rio, Vini começou no Canto do Rio, modesto clube de Niterói, cidade vizinha. Aos 10, chegou ao Flamengo e logo foi visto como promessa de gerar uma grande fortuna para o clube do coração. Como profissional do Fla, foram 14 gols em 69 jogos.
Velhos conhecidos no caminho
Antes, porém, o Flamengo encontra dois ex-jogadores do clube, na semifinal: o volante Cuellar e o atacante Michael. Eles defendem o Al-Hilal, da Arábia Saudita, adversário do Rubro-Negro nesta terça-feira (07), às 16h (horário de Brasília). Os dois, aliás, deixaram o Rubro-Negro recentemente e com muitos títulos. Agora, falam com respeito e carinho do ex-time.
Cuellar é colombiano e defendeu o Flamengo de fevereiro de 2016 a agosto de 2019, quando pediu e foi vendido para o próprio Al-Hilal. Foram dois gols em 171 jogos, além de quatro títulos: Libertadores, Brasileiro e dois Cariocas.
- Sempre me senti muito orgulhoso com o respeito que a torcida do Flamengo demonstrou por mim. Acho que, por muito esforço e sacrifício, conquistei isso. E isso para mim é mais do que um título. Vai ser difícil, é muita energia junta, mas acho que há ferramentas para se fazer um bom jogo - comenta o volante de 30 anos.
Já Michael defendeu o Flamengo entre 2020 e 2021, com 23 gols em 105 jogos, além de seis títulos: Brasileiro, Recopa, dois Cariocas e duas Supercopas do Brasil.
- O time deles eu conheço bem, sei como joga. Marcar os homens é difícil, mas a gente vai tentar dar o nosso melhor. Tem que ser um grande jogo. Conhecer é uma coisa. O que eu posso fazer é dar o meu melhor e tentar contribuir. É uma partida difícil. O favoritismo é deles - destacou o atleta de 26 anos.