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Landim reconhece ano frustrante e elogia Tite: 'Meritocrata por excelência'

Em reunião com o grupo político União Rubro-Negra, mandatário defende política de contratações e projeta reformulação do elenco em 2024

8 dez 2023 - 17h55
(atualizado às 20h26)
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Foto: Gilvan de Souza/Flamengo - Legenda: Rodolfo Landim faz análise interna de sua gestão e projeta 2024 com títulos / Jogada10

Essa foi a primeira temporada desde que Rodolfo Landim assumiu a presidência, que o Flamengo não conquistou títulos. Em campo, quatro vice-campeonatos e a eliminação precoce na Copa Libertadores, causando a revolta da torcida com as escolhas no comando técnico. Nesse sentido, o mandatário sabe que precisa dar uma resposta em seu último ano à frente do clube, ainda mais depois das saídas de Filipe Luís e Rodrigo Caio, e dar respaldo a Tite para a reformulação do elenco.

Internamente, a diretoria rubro-negra acredita que o índice de acerto nas contratações nos últimos cinco anos é alto, ainda mais se focar apenas nos maiores investimentos. Entretanto, entendem que as escolhas dos treinadores não foram assertivas. Em reunião com o grupo político União Rubro-Negra, Landim explicou o processo, segundo o portal 'ge'.

"Falar do futebol: esse foi um ano ruim. Futebol não é ciência exata em que dois mais dois é igual a quatro. Vamos tentando acertar dentro do possível, acho que batemos na trave algumas vezes esse ano. Acho que tivemos um processo natural de envelhecimento dos nossos jogadores. Tivemos a saída de dois deles (Filipe Luís e Rodrigo Caio), que foram muito importante nessa série de conquistas, mas a idade chega para todo mundo, e a gente precisa fazer esse processo de renovação. Processo que já vem sendo feito. Acho que talvez precise ser feito de uma forma mais intensa, mas já vem sendo feito", disse.

Mandatário defende política de contratações

O mandatário comparou os jogadores utilizados nas finais da Libertadores em 2019 e 2022 e defendeu a política de contratações do departamento de futebol. Em 2023, o Rubro-Negro acertou a permanência de Ayrton Lucas e trouxe Gerson, que já havia defendido o clube em 2019 e 2020, além de Allan, Luiz Araújo e Rossi, que chegou no meio do ano, mas só ganhou sequência com Tite.

"Eu vi a final de 2019 e tivemos 14 jogadores que entraram em campo. Na final de 2022, 15 jogadores entraram. Sabem quantos jogaram nos dois jogos? Quatro jogadores. O time mudou, a gente foi mudando. Tinha Gabriel, Arrascaeta, Filipe Luís e o Everton Ribeiro (…) Talvez se a gente fosse ouvir críticas, entre os cinco mais criticados, estariam os nomes do Cebolinha e do Pulgar. E hoje acho que dificilmente alguém estará infeliz com eles. O processo de adaptação às vezes demanda tempo", encerrou.

Em 2024, o Flamengo terá pelo menos quatro jogadores remanescentes de 2019: Gerson, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. Everton Ribeiro, por sua vez, negocia com sua permanência com o clube, mas nada foi concretizado. O clube carioca divide as movimentações de mercado em três categorias: alto investimento (a partir de 4 milhões de euros por direitos econômicos de jogador), baixo investimento (até 4 milhões de euros) e livres no mercado.

Erros e planejamento para 2024

A folha salarial do clube em 2023 está na casa dos R$ 20 milhões mensais. No entanto, o Departamento de futebol acredita que teve escolhas equivocadas no comando técnico. Para eles, as contratações de Jorge Jesus, Rogério Ceni, Renato Gaúcho e Jorge Sampaoli foram corretas, algo que chama a atenção pelo desempenho do time com o argentino.

Apesar do ano frustrante, o Flamengo acredita que acertou tanto na contratação, como na não renovação de Dorival Júnior. O clube acredita que errou nas contratações de Vitor Pereira, Domènec Torrent, Paulo Sousa e Abel Braga. Diante disso, internamente, o Departamento de futebol acredita que Tite será o último treinador da gestão, e o gaúcho estará em todo processo de reformulação.

O gaúcho será um dos líderes do planejamento que será discutido com Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo). A cúpula do futebol, formada por Diogo Lemos, do Conselho, Fabinho e Juan, gerente de futebol e gerente técnico, também acompanhará de perto.

"Acho que a gente acertou a mão no técnico (…) O Tite é um meritocrata por excelência. E as pessoas que trabalham na equipe dele sabem que quem estiver melhor é que vai jogar. Acho isso muito importante. Pode ter o nome que for, mas se não tiver desempenhando, não vai ser o cara que vai jogar. Ponto. E ele consegue fazer de uma forma que o grupo aceita e respeita. Se quer jogar, corre atrás. Tudo que deu certo na minha vida tinha meritocracia por trás. Acho que vamos entrar numa fase boa com ele", disse Landim na reunião.

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