Michael compara Filipe Luís a Jorge Jesus no Flamengo: 'Mesma gana por títulos'
Atacante ressalta importância da pré-temporada no Rubro-Negro e é sincero sobre titularidade na equipe principal: 'Penso em ganhar'
O time principal do Flamengo segue a sua pré-temporada nos Estados Unidos. Em coletiva nesta quarta-feira (15), o atacante Michael destacou a importância de ajudar o time mesmo sem ser titular e também comparou o técnico Filipe Luís a Jorge Jesus. Ele trabalhou com o português no Fla e também no Al-Hilal, na Arábia Saudita.
"Quando cheguei, peguei a bola e toquei para trás, e o Jesus disse: 'Se fosse para tocar para trás eu tinha trazido outro'. Isso alimentava minha energia de querer sempre atacar e, às vezes, tomava decisões erradas. Chegava na cara do gol com as pernas cansadas. Com o tempo aprendi que tem que saber os momentos que dá para ir. Trabalhei com ele de novo agora. Lá no Hilal, ele me deixava numa posição mais vantajosa, dava liberdade e eu não ia em todas", disse antes de complementar:
"O Filipe só é mais jovem, mas quer ganhar. Os treinos têm fundamentos parecidos com os do Mister. A mesma gana de conquistar títulos e construir história. Ele foi um p*** atleta e agora quer ser como treinador. Todo dia leva para a parte do mental e do físico. A única diferença é a idade. Se continuar assim, Filipe vai ser tão vitorioso ou mais. Ele não é o dono da razão, é apto a ouvir. Pessoas assim se equivocam menos e aprendem mais", completou.
Sincero sobre titularidade
Michael também foi sincero sobre sua titularidade no time. Ele afirmou que não tem essa ambição e pensa somente em ajudar o Flamengo.
"Não penso em ser titular, ser o melhor, ser o artilheiro, ser o líder de assistências… A única coisa que eu penso é em ganhar. Se eu tiver que ficar no banco, jogar cinco ou dez minutos e ganhar, eu vou ficar muito satisfeito."
O Flamengo terá mais um treino em Gainesville, no estádio Donald Dizney, às 17h30 (de Brasília). O time fica na cidade até o dia 18, quando embarca para Fort Lauderdale. No dia 19, vai enfrentar o São Paulo no campo do Inter Miami e, em seguida, retornará ao Brasil.
Outros trechos da coletiva de Michael:
Ajuda psicológica: "Teve um momento que eu queria sair do Hilal, tinha acordo com outro clube, perdi minha mãe e minha avó em poucos dias, e estava mal. Queria sair, e eles falaram que iam me ajudar. Mas eu não estava rendendo, estava mal mentalmente e falei que precisava levar meu psiquiatra para trabalhar comigo. Ele saiu do Brasil, ficou comigo algumas semanas na Arábia e me ajudou muito, ajudou minha equipe e minha família".
"Ganhar dinheiro não é fácil, dobra os problemas. Meu conselho para os jovens é 'façam terapia e se preparem para isso'", destacou.
Projeção para 2025: "Quando cheguei estava vindo de uma pré-temporada, estava com algumas dores e meu combinado era que eu jogasse a final lá e saísse. Eu precisava ajudá-los, porque eles me ajudaram muito. Não conhecia nada, mas as pessoas lá me acolheram muito, enquanto eu queria sair pela porta da frente, sem mágoas. Fui campeão e vim para o Flamengo. A viagem foi muito cansativa, poucos dias depois já joguei. Não tive tempo de me preparar, mas faz parte. Se tiver que fazer vou fazer de novo. Corri, entreguei, achei que não jogaria a final por causa do meu cansaço. Mas joguei e ajudei minha equipe. Vou me dedicar e trabalhar para dar meu melhor".
Finalização: "Quando eu cheguei o time estava estruturado, bem treinado, mas todo clube tem alguma falha. Não é a questão de não finalizar, às vezes a gente quer limpar para ver o espaço ou entende a jogada de forma diferente. Eu tento visar sempre o passe, o chute é a última coisa que penso. Sempre priorizo meus colegas. O que importa é a equipe, é ganhar".
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