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Organizada do Fla invade vestiário e agride Berna: vergonha!

31 jan 2015 - 20h09
(atualizado às 21h54)
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<p>Torcida rubro-negra lotou o Est&aacute;dio Moacyrz&atilde;o neste s&aacute;bado</p>
Torcida rubro-negra lotou o Estádio Moacyrzão neste sábado
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Divulgação

O Campeonato Carioca 2015 mal começou e já protagonizou mais uma grande polêmica. Depois das discussões das diretorias de Flamengo e Fluminense com a Federação Estadual do Rio de Janeiro (Ferj), foi a vez de um caso de violência movimentar o torneio. Neste sábado, minutos antes da partida entre Macaé e Flamengo, no Estádio Moacyrzão, o goleiro do time mandante, Ricardo Berna, entrou em campo com um corte no queixo e acusando uma torcida organizada rubro-negra de ter invadido o vestiário do seu clube.

O ex-jogador do Fluminense estava transtornando e com o queixo sangrando. Ele revelou que torcedores do Flamengo invadiram o vestiário do Macaé e que, além de o agredirem, roubaram frutas e até chuteiras dos jogadores. Ricardo Berna demonstrou revolta com a situação e aproveitou para mandar recado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – assim como fez o ex-botafoguense Emerson Sheik em partida contra o Bahia no Campeonato Brasileiro do ano passado.

“Agora, que fique na consciência dos governantes e da CBF que o futebol brasileiro está uma vergonha. CBF, uma vergonha!”, gritou o experiente goleiro de 35 anos. “Que fique de exemplo para ter punição severa e respeitar a opinião do Bom Senso. Os jogadores estão tentando conversar com vocês (CBF) e está havendo uma manobra política muito grande para evitar que eles sejam ouvidos. Que jogadores, árbitros, treinadores e todas as pessoas responsáveis por fazer este espetáculo sejam escutadas”, reclamou Berna.

Marcelo Viana, diretor de competições da Ferj, confirmou ao Sportv que foram aproximadamente 100 pessoas que invadiram o vestiário do Macaé e lamentou o que chamou de “uma atitude selvagem”. Viana admitiu que ainda não identificou à qual organizada os invasores pertencem, mas afirmou que encaminhará o caso ao Ministério Público e que cobrará punições. A invasão ocorreu na área em que os ônibus dos clubes estacionam para as partidas no Moacyrzão.

Josué Teixeira, técnico do Macaé, foi mais incisivo. Revoltado com a invasão, ele responsabilizou o técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, pelo ocorrido. De acordo com Teixeira, uma declaração polêmica do rival nas vésperas da partida instigou a torcida a tomar tal atitude. Luxemburgo teria dito na quinta-feira que havia um “clima hostil” entre Macaé e Flamengo e que o jogo teria jeito de Libertadores. “O responsável é ele. Isso nunca aconteceu em Macaé e nem no interior do Estado”, acusou Josué Teixeira.

Luxemburgo se defendeu e jogou para o Macaé a culpa pela invasão. O treinador criticou a atitude do clube mandante de impedir que o Flamengo treinasse no Moacyrzão na véspera do jogo. O time rubro-negro teve que fazer as atividades na praia. “Não é questão da torcida. A segurança permitiu que a torcida invadisse o vestiário. O clima que foi criado antes do jogo permitiu isso. Fico pasmo que isso aconteça em 2015. Isso não existe mais, ter que treinar na praia. Coisas que combatíamos no passado acontecem agora”, decretou.

Fonte: Terra
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