Renato Gaúcho relata injúria racial sofrida pelo Flamengo
Em coletiva, técnico também comentou a respeito dos méritos na goleada diante do Olimpia, pela ida das quartas de final da Libertadores
O Flamengo foi ao encontro do status de favorito e, nesta quarta-feira, pela ida das quartas de final da Libertadores, goleou o Olimpia, por 4 a 1, em duelo realizado em Assunção. No entanto, um triste episódio de injúria racial foi relatado pela delegação rubro-negra, cuja exposição se deu através das palavras de Renato Gaúcho, em entrevista coletiva, após o jogo.
"Infelizmente, tem acontecido isso. Uma injúria racial. Cobrei muito do delegado e do árbitro. Passamos para a diretoria, que vai tomar as devidas providências. Muito triste, isso choca, acontece no Brasil e no mundo todo. Nós, que temos possibilidade, temos que falar para que as autoridades façam o necessário", disse o treinador.
O Estádio Manuel Ferreira contou com um público de cerca de 2 mil torcedores, que precisavam estar vacinados para serem liberados pelas autoridades locais.
A respeito da vitória, Renato destacou a força do grupo e a reação após a goleada sofrida diante do Internacional, no fim de semana passado, em jogo pelo Campeonato Brasileiro (0-4).
"Estou feliz com o grupo. Tivemos a derrota para o Internacional, que soube aproveitar as oportunidades e nos venceu. O Gabriel falou: o Flamengo não é o melhor do mundo. E o melhor do mundo também perde. Sempre tiramos algo para corrigir das derrotas. A torcida pode ficar tranquila pois trabalho não falta. Ninguém queria perder, mas perdemos. O mais importante é que três dias depois viemos aqui, um jogo difícil, e voltamos a jogar muito bem, criar e fazer gols. Fizemos um bom resultado, temos uma vantagem, mas agora é outro jogo", falou Portaluppi, emendando:
"Libertadores é sempre muito pegado, como foi hoje. O placar pode indicar que a equipe não é forte, mas é o contrário. Nos dificultou bastante. Conseguimos uma vantagem nos primeiros 90 minutos que será importante para os 90 minutos seguintes", concluiu.
Com o resultado em Assunção, o Flamengo traz para a partida de volta uma vantagem expressiva. O duelo será na próxima quarta-feira, em Brasília, e o clube carioca pode perder até por 3 a 0 ou por dois gols de diferença (4 a 2, 5 a 3 e assim por diante) que avançará para as semifinais da Libertadores.
Agora, no entanto, a chave volta a direcionar para o Brasileiro. O próximo compromisso será diante do Sport, no domingo, pela 16ª rodada e no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Confira outros trechos da entrevista coletiva:
Ainda tem o que evoluir?
"Não é pelo placar que vamos nos iludir. Temos erros a corrigir. Aprendemos nas vitórias e nas derrotas. Meu trabalho é esse. Sempre tem algo a corrigir. Fico feliz que muitos jogadores estão subindo de produção a cada partida. Isso é importante para a sequência. Uma vez ou outra vamos perder, mas o mais importante é que estamos vivos nas três competições. Não falta trabalho. Vamos fazer de tudo para chegar à semifinal da Libertadores".
Cobrança por foco
"Cobro deles todos dias, em todos jogos. Não é que jogamos mal, é que o Inter aproveitou as chances. Flamengo é Flamengo. Quando perde é muito cobrado. O importante é que voltou a fazer o que está costumada três dias depois e conseguiu um grande resultado"
Marca de 2º técnico mais vitorioso na Libertadores
"Experiência de um treinador, eu joguei várias, agora como treinador, procuro treinar a parte tática e passar minha experiência. Tenho um grupo muito bom, jogadores inteligentes, acima da média, Fico orgulhoso, muito feliz, faltam algumas vitórias para ser o primeiro colocado. Não que isso esteja sendo uma preocupação, o importante é conseguir as vitórias e seguir na competição".