Roberto Assaf: Enfim, Vini Jr leva o prêmio
Vini mereceu o prêmio. Assim, o Real Madrid fica feliz, e os brasileiros, de maneira geral, também
Bocage - não o jornalista, que está sempre conosco, mas o poeta lusitano - disse que a emenda é pior que o soneto. A expressão talvez caísse como uma luva na providência que a Fifa tomou no Qatar. Escolheu Vinícius Júnior como The Best, prêmio que é entregue desde 1991 ao melhor jogador do mundo.
Mas não vamos exagerar. Pois o fato é que a entidade teve a chance de consertar o erro cometido pela France Football no fim de outubro - quando o espanhol Rodri ganhou a Bola de Ouro. E o Real Madrid, que previu a bobagem, boicotou a festa de Paris.
A Fifa, a propósito, teve também a oportunidade de agradar aos Merengues. Afinal, elegeu no fim de 2000 como Clube do Século, e que decide o Mundial com o Pachuca, do México, nesta quarta-feira.
A Fifa sabe que é importante bajular os ganhadores de seus troféus. A Espanha e o Brasil - este apesar dos tempos atuais - estão entre eles. E ao fazê-lo, assume triplamente o papel positivo de protagonista. Vini Jr mereceu o prêmio, o Real Madrid ficará feliz, e os brasileiros, de maneira geral, também.
Importante finalizar que Vini Jr é cria do Flamengo, é rubro-negro, e tem representatividade incontestável na luta contra o repugnante hábito de segregar, que a própria Fifa garante, com muita freqüência, que condena efetivamente.
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