Roberto Assaf: Gabigol e as repercussões da final da Copa do Brasil
'O "ciclo" de Gabigol, como garantem os lorpas e pascácios, não acabou. Ele custa caro? Pague. Basta rifar os dispensáveis'
Não houve, até aqui, a exposição pública de um contrato entre Gabriel e o Cruzeiro. O atacante disse que deixa o Flamengo para defender a Raposa. Mas o clube mineiro não anunciou oficialmente a sua contratação. Pode ser que um compromisso, já assinado entre as partes, esteja guardado, por ora, a sete chaves em um cofre de Belo Horizonte. Mas é fato que a presença do artilheiro com a camisa azul, em 2025, sem uma confirmação cabal, ainda é dúvida.
Se existe realmente o tal contrato, não há mais sobre o que comentar. No entanto, se o acordo é apenas verbal, Gabriel continua tendo chance de jogar no Flamengo na próxima temporada, pois o clube carioca vai realizar eleições em dezembro, e se caso haja mudança no seu comando, os novos dirigentes terão a possibilidade de convencer o craque a permanecer na Gávea.
Gabigol tem utilidade
O atacante completou 28 anos (30/8/97), ou seja, vive o auge do período como atleta de bola, e ainda teria grande utilidade para o Rubro-Negro. O Flamengo paga salários irreais para jogadores sem importância. Deixando de fazê-lo, e assinando um compromisso mais valorizado com Gabriel, continuaria escalando um craque decisivo, como acaba de mostrar na decisão com o Atlético Mineiro, provando que o seu "ciclo", como garantem os lorpas e pascácios, não acabou. Rifando os dispensáveis, não abalaria o orçamento.
Mas no momento em que aparecer o contrato, assinado pelas duas partes, Gabriel e Cruzeiro, ou Santos, como já estão especulando, aí sim o assunto está encerrado.
Baderna na Arena MRV
É desnecessário emitir comentários sobre a interdição da Arena MRV. Os episódios de domingo passado no estádio do Atlético Mineiro foram suficientes para a providência.
Na realidade, não é a primeira, nem será a última vez que torcedores - é esta a palavra? - provocam tumultos com conseqüências graves em um espaço destinado a um jogo de futebol, caso as autoridades não decidam tomar medidas absolutamente exemplares de longa duração. Tipo um ano de portas fechadas, partidas sem presença de público, e multa que incomode de fato o orçamento do clube. Punições de curto alcance e pagamentos de quantias irrisórias jamais resolverão o problema.
Aliás, o dia em que os clubes identificarem os tais baderneiros, como é possível com a revisão das imagens sempre disponíveis, e responsabilizá-los de fato, obrigando-os a ressarcir danos e gastos, espetáculos agressivos e grosseiros, como os de domingo passado, não acontecerão mais.
A propósito, o jogo decisivo da Copa do Brasil de 2024, entre Flamengo e Atlético Mineiro - falamos de bola rolando - foi farto para um punhado interminável de considerações. Mas a despedida (?) de Gabriel e o espetáculo pirotécnico promovido pelo público alvinegro ganharam prioridade.
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