Soco em Pedro, do Flamengo: entenda em cinco pontos como foi a agressão
Incidente aconteceu após a vitória do Rubro-Negro sobre o Atlético-MG pelo Brasileirão
A vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Atlético Mineiro na noite do último sábado (30) foi completamente ofuscada pela polêmica envolvendo o atacante Pedro e o preparador físico Pablo Fernández, da comissão técnica de Jorge Sampaoli. O argentino teria acertado um soco no rosto do camisa 9 rubro-negro dentro do vestiário, após a partida. Diante do ocorrido, o dia promete ser quente na Gávea, inclusive com possibilidade de demissão. A seguir, veja em cinco pontos como foi a agressão a Pedro.
> A CAUSA:
Ainda no gramado, durante a partida, Pedro deixou a área destinada para o aquecimento dos jogadores reservas e se sentou no banco de reservas depois da entrada de Everton Cebolinha e Luiz Araújo em campo. O atacante estaria incomodado com o fato de não ser aproveitado na partida, fato que se consumou com a entrada de Thiago Maia logo na sequência, gastando a quinta e última substituição do Rubro-Negro.
> A TRETA:
No vestiário, após o jogo, o preparador físico Pablo Fernández fez cobranças fortes ao centroavante. O argentino teria falado que a atitude de Pedro era uma falta de respeito. O camisa 9 retrucou, dizendo que quem não tem respeito por ele é a comissão técnica de Sampaoli. O atacante afirmou que o tratamento com ele não tem sido correto e que está sendo prejudicado pela comissão técnica. A resposta de Fernández, então, teria sido o soco no rosto de Pedro.
> CASO DE POLÍCIA:
Imediatamente, Pedro se dirigiu ao Batalhão da Rotam (Rondas Táticas Metropolitanas da Polícia Militar), subdivisão da polícia responsável pela segurança da partida, para realizar boletim de ocorrência. O atleta estava acompanhado de seguranças do clube e do vice-presidente de futebol Marcos Braz, além de um advogado. Pablo Fernández também se dirigiu ao local, em outro carro, para dar sua versão da história. Três jogadores do Flamengo prestaram depoimento na condição de testemunha: o zagueiro Pablo, o volante Thiago Maia e o atacante Everton Cebolinha. Todas as testemunhas confirmaram o soco e relataram como foi a agressão contra Pedro. Por se tratar de um delito leve, não há necessidade de prisão e Pablo Fernández deve pagar uma multa.
> A REAÇÃO:
O elenco do Flamengo saiu em defesa do colega de equipe e decidiu que não treinará enquanto o preparador físico estiver na comissão técnica de Jorge Sampaoli. Pedro, em suas redes sociais, se manifestou afirmando que além da agressão física da última noite, tem sofrido 'covardia psicológica' por parte dos membros da comissão técnica do clube, e que 'alguém que se acha no direito de agredir o outro não merece respeito de ninguém.'
> O QUE VEM POR AÍ?
Sem Pedro, Pablo Fernández, os jogadores que testemunharam e alguns seguranças, o Flamengo desembarcou no Rio de Janeiro por volta das 4 horas da manhã (hora de Brasília). O elenco não se manifestou sobre o ocorrido. Jorge Sampaoli também não deu nenhuma declaração, embora fosse visível o seu incômodo com a situação. Ainda não há previsão de retorno para aqueles que permaneceram em Belo Horizonte. O Flamengo ainda não se manifestou sobre quais atitudes tomará a partir de agora, seja sobre a permanência de Pablo Fernández (algo inimaginável diante da postura firme do elenco) ou sobre uma troca na comissão técnica.
Segundo informações do jornal 'O Globo', o Flamengo aguarda o boletim de ocorrência feito por Pedro para oficializar a demissão do preparador físico. Outro membro da comissão técnica que deve deixar o clube é Marcos Fernández, filho de Pablo. Diante deste 'desmonte' da equipe de trabalho, ainda não se sabe qual será a reação e o futuro de Sampaoli. O domingo deve ser de reuniões na Gávea, em busca de uma solução para o caso.