Estigmatizado por Copa, Fred sai em defesa de camisas 9
Após a Copa do Mundo, o futebol brasileiro passou a ser alvo de muitas críticas e algumas soluções apontadas para a melhora do rendimento das equipes seria a mudança no esquema de jogo. Com isso, o camisa 9 clássico, aquele jogador que atua entre os zagueiros, mais parado, estaria com os dias contados.
Dono da camisa 9 do Fluminense e da Seleção Brasileira na Copa de 2014, Fred defende os colegas de posição e faz um alerta para uma outra função que também sofre questionamento.
“O meu melhor é jogar dentro da área. Estão tentando acabar com o camisa 9 no futebol brasileiro. Daqui a pouco, vão acabar com o camisa 10. Se eu virar treinador um dia, um camisa 10, como o Ganso, Wagner e Conca, e um 9 com qualidade que tem por aí, eu escalaria o 10 e 9 mais nove jogadores”, enalteceu o artilheiro, que fez um mea-culpa pós-Copa.
“Assumo minha responsabilidade na Seleção, mas gostaria de sair vendo vídeo de eu perdendo gols. Infelizmente, nada deu certo para o grupo inteiro. Não tem como fazer um de bode expiatório. Estou me desdobrando para fazer o melhor e o Cristóvão fala para eu jogar perto do gol, fazendo minhas movimentações. Jogar no Brasil tem o ônus e o bônus. Quando fui campeão e artilheiro da Copa das Confederações foi bem legal, mas agora tenho que suportar a pressão”, disse Fred.
Para a próxima Copa, o artilheiro estará com 34 anos e acredita que é difícil ser dono da camisa 9 na Rússia. No entanto, ele se coloca à disposição da nova comissão técnica para participar das competições anteriores ao Mundial.
“Tenho 30 anos e disputei duas Copas do Mundo. Não vejo, hoje, eu disputando uma outra Copa. Agora, se o Dunga e meus companheiros precisarem de mim, estarei à disposição. Pode ser Eliminatória ou Copa América”, avisou o atacante do Fluminense.