Exclusiva: Fred Caldeira vê semelhanças entre Diniz e Guardiola e espera 'alinhamento mágico' na final do Mundial de Clubes
O Esporte News Mundo entrevistou de forma exclusiva o jornalista Fred Caldeira, da TNT Sports, que é correspondente há vários anos na Inglaterra
O Fluminense conheceu o seu adversário na semifinal do Mundial de Clubes, na tarde de ontem (15). Trata-se do Al-Ahly, do Egito, que dominou e venceu por 3 a 1 o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Caso passe dos egípcios, o Tricolor pode enfrentar o Manchester City na final. E falando nos dois clubes, existe alguém que é expert quando o assunto são ambos.
O Esporte News Mundo entrevistou de forma exclusiva o jornalista Fred Caldeira, da TNT Sports, que é correspondente há vários anos na Inglaterra e cobre de forma constante o Manchester City.
Entre os assuntos abordados com Fred estão Manchester City, Guardiola, Diniz, e claro, Fluminense, já que, para quem não sabe, o jornalista, nascido no Rio de Janeiro, é tricolor de berço, e inclusive esteve na final da Libertadores em um bate volta rápido da Inglaterra para a Cidade Maravilhosa apenas para ver o Tricolor ganhar a Glória Eterna. Confira alguns destaques:
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ENM: Como você analisaria o possível confronto entre Guardiola e Fernando Diniz? É um choque totalmente oposto de estilos de jogo, não?
Fred Caldeira: Não acho totalmente oposto, se me permite discordar. Vejo inclusive mais similaridades que diferenças entre os dois, é possível supor que Diniz bebeu da fonte do Pep, mas também é cristalino ver que o brasileiro geralmente se opõe a um dos pilares do catalão, que é o jogo posicional. Seria um duelo muito bonito, tomara que aconteça.
ENM: Você irá para a Arábia Saudita, mas dessa vez como jornalista para cobrir o Manchester City. Como ficaria seu coração se tivéssemos um City x Flu na final? Você já imaginou alguma vez poder ter a possibilidade de cobrir uma decisão entre um time que você acompanha há anos por trabalho contra seu clube de coração num campeonato onde ambos disputam pela primeira vez?
Fred Caldeira: A final dos sonhos é uma jogo que eu jamais sonhei em cobrir. Seria a cereja do bolo de um alinhamento mágico entre a minha paixão de arquibancada e a minha profissão, portanto seria um dos capítulos mais especiais da minha vida. E não há qualquer ressalva: vou torcer pelo Fluminense.
ENM: Para finalizar: para o Fred Caldeira torcedor: qual seria a sensação de presenciar outro título inédito e histórico do Fluminense de perto?
Fred Caldeira: Seria mágico, lindo e provavelmente indescritível. O maior ganho, imagino, seria ver o mundo olhando para o Fluminense, um clube brasileiro, ganhando do Manchester City, um clube inglês. Essa é a minha pulsão.
MAIS DESTAQUES
Vulnerabilidade defensiva do City e possibilidade do Fluminense aproveitar isso, em caso de final entre as equipes
Fred Caldeira: Claro que a aparente vulnerabilidade momentânea do setor defensivo do Manchester City é algo a ser observado por qualquer adversário, e não seria diferente caso o Fluminense esteja na final. Imagino que a partida mais interessante, na qual o City foi mais fragilizado, seja a derrota para o Aston Villa. É um time que joga de maneira muito diferente ao Fluminense, mas talvez haja ali alguma possibilidade de pistas do que buscar fazer.
Impacto da ausência de Kevin de Bruyne
Fred Caldeira: De Bruyne é o jogador mais cerebral da história moderna do Manchester City. Não há reposição possível, por melhor que seja e esteja o Julián Álvarez. O argentino se adaptou de maneira surpreendente natural à função antes exercida pelo belga, mas é normal imaginar que o Manchester City seria ainda melhor com De Bruyne. Craques não têm substituto.
Semifinal do Mundial
Fred Caldeira: A semifinal do Fluminense é muito mais complicada, imagino que até o próprio Manchester City poderia ter algum problema caso estivesse no lugar do Flu. Os ingleses estarem na final é questão de tempo, imagino.
O que esperar do Fluminense na competição?
Fred Caldeira: Como torcedor, eu quero é curtir. É um sentimento muito diferente ao da Libertadores, competição que guardava um trauma nosso e, portanto, mexia muito mais comigo. Ganhar o Mundial seria lindo, mas a Libertadores é maior do que o mundo. Sem sombra de dúvidas.