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Uma virada para reconectar campo e arquibancada no Fluminense

27 jun 2023 - 15h31
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A vitória de virada sobre o Bahia, no Maracanã, no sábado passado, foi providencial para o Fluminense de Fernando Diniz. Numa semana conturbada por vazamento de um suposto problema de relacionamento no elenco, o time deu a resposta em campo que a torcida precisava.

A desconfiança sobre até onde o Fluminense pode chegar na temporada aumenta a cada jogo. Os resultados recentes - duas vitórias nos últimos 10 jogos - preocupam o torcedor, que já debate se o trem não está descarrilhando. Parte da torcida já não tem mais a paciência para aceitar o estilo de jogo do time de Fernando Diniz.

Fluminense lava a alma da torcida ao vencer o Bahia. Mas agora tem novo desafio: o Cristal, pela Libertadores –  Mailson Santana/Fluminense 
Fluminense lava a alma da torcida ao vencer o Bahia. Mas agora tem novo desafio: o Cristal, pela Libertadores – Mailson Santana/Fluminense
Foto: Jogada10

Fluminense contra o Bahia

Mas vamos olhar a atuação do time contra o Bahia. Nos 20 primeiros minutos, o Fluminense criou e perdeu chances do gol em sequência. Até a expulsão de Nino, o Fluminense era completamente dominante na partida e o Maracanã parecia reviver as grandes atuações do time no ano. E isso, sem André, suspenso, Felipe Melo lesionado e a dupla Ganso e Cano que começaram o jogo no banco - uma surpresa de Diniz que se mostrou muito acertada.

A volta de Marcelo e a melhora da forma física de Keno, faziam o lado esquerdo do time trabalhar constantemente, aumentando o poder ofensivo da equipe. Contudo, Lelê ainda destoava brigando com a bola. Mas sempre voluntarioso e brigando muito. E Pirani fazia talvez a sua melhora partida com a camisa do Fluminense.

Quando o Bahia encaixou um contra ataque para abrir o placar, após um rebote de escanteio que Marcelo levantou uma bola para a área do Bahia de forma desnecessária, o silêncio do Maracanã foi ensurdecedor. Na sequência, Nino foi muito bem expulso e a arquibancada reagiu. Primeiro contra o árbitro, depois contra o time com vaias no intervalo do jogo.

A qualidade do treinador

Mas aí entra o treinador e se comprova quando o trabalho é bem feito. O Fluminense voltou para o segundo tempo com o mesmo time - mantendo Martinelli de zagueiro na vaga de Nino - e sob reclamações dos torcedores que queriam a saída de Lelê e Keno para as entradas de Cano e Gano. Em menos de 10 minutos, o Fluminense fez uma blitz no Bahia. Lelê desencantou e Pirani virou o jogo. A arquibancada explodiu.

Com um jogador a menos, o Fluminense manteve seu padrão de jogo. Dessa forma, controlou as ações, teve chance de fazer o terceiro gol com Pirani acertando o travessão após rebote do goleiro do Bahia em chute de Lelê. E mais uma vez, contou com grandes defesas de Fábio para garantir os três pontos.

Uma vitória de grupo, mostrando força do elenco e confiança dos jogadores no trabalho e na filosofia de jogo de Fernando Diniz - suspenso, de novo, e representado por Eduardo Barros. Uma atuação para reconectar a arquibancada com o campo. Enfim, tudo o que o Fluminense precisava para decidir sua vaga para a segunda fase da Libertadores nesta terça contra o Sporting Cristal.

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Jogada10
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