Arena SBT vai ter vida longa mesmo com baixa audiência
Na estreia o programa não chegou aos 3 pontos de média
Tinha tudo pra dar errado e deu. De repente, o telespectador do SBT se deparou com um programa de esportes na emissora perto da meia-noite, em uma segunda-feira, depois do programa do Ratinho e com um formato parecido com o de uma mesa redonda de uma TV fechada.
Além do horário não ajudar muito, apostar em um formato que deu certo em uma emissora fechada de esportes não é certeza de sucesso, muito longe disso, aliás. Além de a audiência ser incomparavelmente menor do que a de uma emissora aberta, o telespectador que opta pelas TVs fechadas esportivas já está acostumado com esse tipo de programa. Não é o caso do telespectador do SBT.
Analisando a parte jornalística, a atração entrevistou Tite, o técnico da Seleção Brasileira, e foi aí que conseguiu alguma repercussão nos sites no dia seguinte. Uma escolha óbvia, mas sempre importante. Mas nada mostrou de diferente das inúmeras mesas redondas que tomam conta dos canais esportivos.
É muito pouco. A impressão é que a emissora para contemplar os patrocinadores da Libertadores só conseguiu arrumar esse horário com o patrão. Mas é justamente por causa desse compromisso comercial que o programa vai ter vida longa, pelo menos até 2022. Para dar uma ajuda extra, até o governo Bolsonaro abençoou a atração, fazendo um merchan durante o Arena SBT.
O único problema que o Arena corre é mudar de horário, o que Silvio Santos adora fazer. Afinal, deu metade da audiência do que dava o programa de Roberto Cabrini e ajudou a derrubar o The Noite, de Danilo Gentili, que começou na sequência. Uma inversão de horários entre os dois programas pode ser vista em breve se a audiência continuar nesse patamar.
Quem viver, verá!