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Bom Senso define Fair Play financeiro e quer apoio do governo

17 mar 2014 - 13h40
(atualizado às 16h12)
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O Bom Senso FC realizou nesta segunda-feira um seminário em São Paulo em que apresentou com detalhes suas propostas para mudar o futebol nacional. O principal ponto explorado foi o Fair Play financeiro, que teve seus pontos explicados. A ideia do movimento é que uma entidade a ser criada controle e implemente os oito pontos discutidos pelo grupo:

Meia Alex acompanha apresentação do Bom Senso FC
Meia Alex acompanha apresentação do Bom Senso FC
Foto: Alan Morici / Terra

1- Os clubes não podem exceder o déficit em 10% nos dois primeiros anos. No terceiro e no quarto, 5%. A partir do quinto, não pode haver déficit.

2- O custo do futebol não pode ser superior a 70% da renda total do clube - no Campeonato Alemão, o custo costuma ser de apenas 50%.

3- Haverá incentivo para os clubes equilibrarem suas fontes de receita.

4- Garantir os cumprimentos de contrato de trabalho com todos os funcionários do clube - instituições com dívidas não podem contratar funcionários.

5- Dirigentes serão responsabilizados durante seu período de gestão.

6- As demonstrações financeiras dos clubes precisam ser padronizadas e discriminadas.

7- Reavaliação de endividamento feita por uma auditoria independente.

8- Cursos de profissionalização para diferentes aspectos do futebol, seja jogadores, dirigentes ou outros funcionários.

Na China, Paulo André participou por meio de vídeo
Na China, Paulo André participou por meio de vídeo
Foto: Alan Morici / Terra

Não são todos os clubes que seriam obrigados a cumprir esses requisitos. Somente instituições com faturamento maior a R$ 5 milhões entrariam nas regras do Fair Play financeiro. Os demais abaixo disso ou que não têm como comprovar seu faturamento, cumprem apenas os pontos 3, 4, 5 e 8.

O Bom Senso FC propôs a criação de uma entidade independente para controlar o tema que teria 26 funcionários, sete deles formando o comitê executivo. Dentro dele, existiram representantes dos atletas, de dirigentes, do governo federal e imprensa.

O movimento conta que o governo apoie e possibilite os projetos. "É possível implementar isso sem a CBF, mas precisaríamos do apoio do governo", disse o advogado João Chiminazzo. O custo dessa entidade seria de R$ 3 milhões até 2016 e, a partir disso, R$ 3,2 por ano. O Bom Senso FC, entretanto, não soube explicar muito bem como custeá-lo.

"Temos alternativas de financiamento e queremos que seja uma entidade neutra, que não tenha vínculo com governo ou CBF. O custeio seria oriundo dessas próprias fontes. A CBF poderia financiar, ou o governo ou os próprios jogadores", disse Fernando Fleury, consultor de conteúdo que presta serviço ao Bom Senso FC.

O projeto do movimento é que em 2014 o Fair Play financeiro seja estruturado, além de recrutar a empresa de auditoria. O próximo ano será dedicado a fazer um diagnóstico dos clubes, para que em 2016 ocorra a implementação efetiva. As punições aos clubes vão de reprimenda a exclusão de competições.

Jogadores membros do Bom Senso FC participam de reunião em São Paulo
Jogadores membros do Bom Senso FC participam de reunião em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Fonte: Terra
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