Diretor do Palmeiras pede que Brasileirão não seja paralisado por tragédia no RS
Diretor de futebol do Palmeiras argumenta que milhares de pessoas dependem do futebol no Brasil, e que este não pode parar por completo
Após a derrota de 2 a 0 do Palmeiras para o Athletico-PR, Anderson Barros, diretor de futebol do Verdão, concedeu uma entrevista e informou o posicionamento do clube sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro. Ele e a instituição são contra.
Vale lembrar que a paralisação é estudada por conta da tragédia do Rio Grande do Sul, uma forte chuva que fez transbordar rios pela região, deixando mais de 140 vítimas fatais. Além disso, os estádios de Grêmio e Inter estão interditados, e milhares de moradores de Porto Alegre e outras cidades estão ilhados e/ou com severas limitações de mobilidade.
"Será que todas aquelas pessoas que dependem do futebol seriam capazes de suportar um período de não futebol? Será que todos os trabalhadores que dependem do que está em torno do futebol seriam capazes de suportar o momento? Tivemos um exemplo recente e sabemos quanto os clubes sofrerem quando pararam. Será que a melhor forma será com a paralisação do futebol? O Palmeiras deu exemplo na pandemia e estamos sempre preocupados com o que representa o futebol para todos. Essa tragédia poderá ser superada só com muito trabalho e dedicação", questionou Barros.
Os times do estado estão com jogos adiados, mas os clubes gaúchos pedem que a CBF adie todas as partidas das Séries A, B, C e D, além da Copa do Brasil, por pelo menos três semanas. Vale lembrar que as equipes ainda não jogaram neste mês de maio. Anderson Barros argumenta que isso não afetará a isonomia das competições.
"Acho que o mais importante nesse momento são as pessoas, todos que estão em torno do futebol. Que nós possamos estar sempre criando condições para os que estão em torno do futebol continuem e não percam. Imagine se todos forem prejudicados? O Juventude tem a condição menos afetada, vamos encontrar os caminhos e estamos à disposição dessas equipes para que daqui a 20 dias possam voltar (a jogar)", completou Barros.
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