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Brasileiro Série A

CBF "ouve" Fifa e proíbe investidores no futebol brasileiro

13 jan 2015 - 17h42
(atualizado às 17h46)
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<p>Marin assinou documento seguindo novas normas da Fifa</p>
Marin assinou documento seguindo novas normas da Fifa
Foto: Mauro Pimentel / Terra

O Departamento de Registro e Transferência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta terça-feira, através de seu site oficial, o Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, já devidamente adaptado às novas normas da Fifa. A principal mudança é o banimento da presença de investidores intermediários nas negociações. Apesar de ainda não estar clara como será essa transição, somente os clubes poderão ter direitos econômicos dos jogadores a partir de maio de 2015.

"Art. 66 - Em obediência aos artigos 18bis e 18ter do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores da Fifa, nenhum clube ou jogador poderá celebrar um contrato com um terceiro por meio do qual este terceiro obtenha o direito de participar, parcial ou integralmente de um valor de transferência pagável em razão da futura transferência dos direitos de registro de um atleta de um clube para outro, ou pelo qual se ceda quaisquer direitos em relação a uma futura transferência ou valor de transferência.

§ 1º - Para efeito deste artigo, entende-se como terceiro quaisquer outras partes que não sejam os dois (2) clubes participantes da transferência do atleta ou qualquer outro clube ao qual o atleta tenha sido registrado anteriormente", explica um dos trechos do documento assinado pelo presidente José Maria Marin.

A nova medida foi anunciada pela Fifa no fim de setembro do ano passado. "Tomamos uma decisão firme que a participação de terceiros deve ser banida. Mas não pode ser banida imediatamente, haverá um período de transição", disse Blatter.

<p>Blatter decretou novas normas em setembro do ano passado</p>
Blatter decretou novas normas em setembro do ano passado
Foto: Steve Bardens / Getty Images

A participação de terceiros sobre jogadores acontece quando os direitos de atletas são parcialmente ou totalmente de propriedade de empresários, em vez de apenas do próprio clube do atleta. A prática é muito comum no Brasil e na Argentina, mas também ocorre em alguns países europeus, especialmente em Portugal. Em território brasileiro, a decisão deve custar caro, já que a maioria das equipes depende de fundos para acertar com reforços.

Na contramão da América do Sul, a Uefa foi defensora fervorosa do banimento. Segundo a imprensa inglesa, a entidade europeia foi pressionada por clubes da Premier League, insatisfeitos em dividir os direitos econômicos dos principais jogadores com investidores. Um destes exemplos é o português Jorge Mendes, acusado pela mídia britânica de usar empresas em paraísos fiscais para comprar jogadores como Di María (Manchester United) e Diego Costa (Chelsea).

Fonte: Terra
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