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Brasileiro Série A

Chapecoense nega indicação da Conmebol em contratação do voo

1 dez 2016 - 12h41
(atualizado às 13h15)
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Foto: EFE

O diretor de comunicação da Chapecoense, Andrei Copetti, negou que o clube tenha recebido indicação da Conmebol para a contratação da companhia aérea LaMia. O dirigente também disse que o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não se envolveu na negociação com a empresa sediada na Bolívia.

"Não, essa contratação está dando mais notícias do que qualquer outra coisa", disse Copetti, em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira, na Arena Condá. "Para deixar claro, não há indicação da Conmebol, nem envolvimento da Prefeitura. Ela (LaMia) tinha o know how de transportar times de futebol, já tinha transportado as seleções da Argentina, da Bolívia, e mais de 30 equipes", argumentou.

A LaMia tinha Miguel Quiroga como um de seus sócios. Ele também era o piloto que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, onde o time enfrentaria o Atlético Nacional na última quarta-feira, pela primeira final da Copa Sul-Americana. Dos 22 atletas que estavam no voo, 19 faleceram.

Os três sobreviventes (Neto, Jackson Follmann e Alan Ruschel) seguem hospitalizados na Colômbia. Foram 71 vítimas no total, entre jornalistas, jogadores, dirigentes, membros da comissão técnica e da companhia aérea.

De acordo com a Aeronáutica da Colômbia, o acidente aconteceu devido à falta de combustível na aeronave, que caiu a cerca de 13 quilômetros de Medellín. A própria companhia admitiu que Quiroga deveria ter abastecido em Bogotá, capital colombiana, antes de chegar ao destino final. O avião possuía combustível para concluir o trajeto, mas nenhuma quantidade excedente, algo previsto na legislação boliviana.

"A companhia nos procurou e ofereceu seus serviços. Foi analisada uma série de fatores, o clube tem um departamento de logística e optou pela LaMia por questões técnicas. Então todas essas especulações nas redes sociais devem ser descartadas", acrescentou Copetti.

O diretor de comunicação da Chapecoense ressaltou que o clube confiava na qualidade da aeronave (Avro RJ85), citando que até a realeza britânica utilizava o mesmo modelo em suas viagens. Copetti ainda lembrou que havia três dirigentes da agremiação no voo e que, portanto, não houve negligência na contratação da companhia.

"Existe uma situação importante nessa seleção de critérios. Um deles é a qualidade da aeronave, que é a mesma utilizada pela Família Real britânica. Em relação aos orçamentos, vale lembrar que toda essa operação era feita por três pessoas dentro da Chapecoense: nosso diretor de logística (Dudu), o diretor administrativo (Décio Sebastião Burtet Filho) e o presidente (Sandro Pallaoro), todos estavam no avião", afirmou.

"Vamos procurar outros dados para ajudar e fornecer mais detalhes para vocês (jornalistas) pela contratação, mas ela ocorreu porque a LaMia preenchia todos os requisitos técnicos", concluiu.

Piloto relatou pane elétrica e falta de combustível:
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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