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Brasileiro Série A

Irmã: família de Danilo sofreu com notícias desencontradas

1 dez 2016 - 19h02
(atualizado em 2/12/2016 às 09h24)
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Foto: EFE

A queda do avião que levava a equipe da Chapecoense, além de jornalistas e convidados, à Medellín acabou culminando na morte de 71 das 77 pessoas que estavam a bordo do Avro RJ85, da empresa Lamia. Por pouco o goleiro Danilo não conseguiu se safar junto aos outros seis sobreviventes, que seguem hospitalizados na Colômbia, mas em um quadro evolutivo de seus estados clínicos.

Dono da marcante defesa com os pés que garantiu o time de Santa Catarina na final da Copa Sul-americana, Danilo chegou a ser atendido com vida, mas não resistiu. Nesse meio tempo, muitas notícias desencontradas sobre o estado de Danilo foram publicadas pela imprensa e geraram ainda mais angústia na família do atleta, como contou Daniele Padilha à Gazeta Esportiva nesta quinta-feira.

"Nossa senhora. Isso que foi o mais difícil. Muita gente falando, cada um falando uma coisa, Ave Maria….", comentou Daniele, de 27 anos, pouco antes de embarcar em uma aeronave no Paraná para se dirigir à Chapecó ao lado de seus pais, Nilson e Laide, de 57 e 54 anos, respectivamente.

A esperança dos familiares de Danilo de que ele fosse um dos sobreviventes só foi consolidada quando um amigo da família detalhou as condições em que o goleiro de 31 anos se encontrava quando foi resgatado junto aos escombros do avião.

"Um amigo do meu primo é médico na Colômbia e acompanhou tudo e nos disse o que aconteceu. Ele nos disse que acompanhou o Danilo, que ele tinha tido uma parada, mas que depois se recuperou, estava estável, consciente e que tinha sido transferido para o hospital. A gente recebeu esse áudio logo depois", explicou Daniele, que falou pela última vez com o irmão via rede social.

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"Falei pelo Whatsapp. Ele disse que havia comprado uma TV. Depois, falei para ele que teria uma 'bagunça' lá em casa, ele disse que queria ajudar, me mandou um áudio. Foi a última vez que nos falamos", contou a jovem, que assim como toda a família, acabou recebendo a confirmação da infeliz notícia da morte de Danilo pela Cruz Vermelha.

Daniele também revelou à reportagem que soube do acidente por volta das 4 horas da madrugada de terça-feira, quando um amigo foi até a casa de sua família tentando explicar o que acabara de assistir na TV. Dali para frente, todos se mobilizaram para acompanhar o que se passava, já aflitos. Mas, toda essa dor foi levemente confortada depois da comovente homenagem prestada pelos colombianos na noite desta quarta, durante o horário que Atlético Nacional e Chapecoense se enfrentariam pelo primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín.

"Sim (conforta). Coisa mais lindo do mundo aquilo lá. Lindo demais. Agora, estamos esperando", resumiu Daniele, com a voz ainda abatida e sem se alongar, obviamente. Ela e sua família vão receber o corpo de Danilo na pequena cidade de Santa Catarina na manhã de sábado e participarão do velório coletivo na Arena Condá. Em seguida, eles levarão Danilo para Cianorte, sua cidade natal.

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