O movimento Bom Senso FC, articulado por alguns dos principais jogadores do futebol nacional, não empolga Pelé. Para o antigo ídolo do Santos e da Seleção Brasileira, a chance de o grupo de atletas conseguir mudanças significativas na estrutura do esporte é ínfima.
"Essa polêmica, nós já vimos várias vezes. Geralmente, montam os campeonatos, jogos e excursões sem consultar os atletas. Infelizmente, vai ficar só nisso. Não vai ter repercussão nenhuma, não vai mudar nada", declarou o ex-camisa 10, cético.
Articulado por nomes como Alex, Rogério Ceni e Paulo André, o Bom Senso FC reúne jogadores das diferentes divisões do futebol brasileiro. Assegurar um período mínimo de férias e de pré-temporada, além de garantias financeiras por parte dos clubes, estão na pauta do grupo.
Pelé relembra "selinho" de Sheik após "noite" com Huck:
Integrantes do Bom Senso FC já foram recebidos por José Maria Marin, presidente da CBF, e alguns Estaduais chegaram a alterar seu calendário após as manifestações do grupo. Ainda assim, Pelé praticamente descarta a possibilidade de ver os jogadores alcançarem mudanças de maior vulto.
"Infelizmente, nossa profissão nunca foi muito unida no Brasil. Nunca tivemos união para decidir sobre calendário, número de jogos. Se os jogadores realmente se unirem, pode ser que aconteça alguma coisa, mas agora, em cima da Copa do Mundo, vai ser difícil mudar", afirmou.
Como o calendário da temporada de 2014 será ainda mais apertado em função da Copa do Mundo, as principais mudanças propostas pelo Bom Senso FC devem ser colocadas em prática apenas em 2015. Pelo menos, essa foi a promessa dos dirigentes que se reuniram com o grupo.
Pelé foi um dos convidados para participar nesta segunda-feira de um evento em homenagem a Ayrton Senna; além do ex-camisa 10, estiveram presentes também Luciano Huck, Bruno Senna, Oscar Schmidt e Viviane Senna
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Durante a sabatina coordenada pelo apresentador Luciano Huck, o ex-camisa 10 do Santos e da Seleção Brasileira lembrou a convivência que teve com o tricampeão mundial de Fórmula 1, em especial por conta de um amigo em comum: Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Porém, o ex-camisa 10 não conseguiu ficar muito tempo longe do assunto futebol. Ao ser questionado pelo apresentador sobre a Seleção Brasileira, elogiou o comando de Luiz Felipe Scolari para ele, Felipão deu uma base à Seleção, coisa que o antecessor Mano Menezes não conseguia
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Em sua análise, Pelé ainda apontou a defesa como um novo fator de destaque da equipe comandada por Felipão: ''o Brasil sempre teve os melhores atacantes, os melhores goleadores. Agora, nessa seleção, temos a melhor defesa''
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No entanto, nem mesmo o maior ídolo do futebol nacional escapou de uma piadinha provocativa de Luciano Huck. O apresentador da Rede Globo lembrou de uma viagem a Angola com o ex-jogador, no qual os dois dividiram o quarto de hotel
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''Nós fizemos uma viagem, e eu não imaginei que esse safado fosse ficar com a foto, espalhar pra todo mundo'', lembrou Pelé, comparando a situação ao selinho dado pelo atacante Emerson, do Corinthians, em um amigo no mês de agosto
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Enquanto Oscar Schmidt dedicou suas palavras o empenho do tricampeão nas pistas, Viviane Senna recordou as características de Ayrton fora delas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
(No começo de carreira), ou ele ganhava ou ele quebrava. Ele não fazia segundo, terceiro, quarto lugar. Isso para ele era uma desonra. Depois, ele começou a entender que talvez fosse importante chegar em segundo, terceiro. Até que alguém aconselhou que talvez fosse importante fazer os pontos, comentou Oscar
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A gente via ali não só um brasileiro vitorioso, campeonatos e corridas ganhas, mas alguém que tinha valores, atitudes, posturas, citou Viviane. O maior legado do Ayrton são essas posturas, esses valores: disciplina, paixão, trabalho duro, busca da perfeição, completou
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Bruno Senna também compareceu ao evento que homenageou o tio em São Paulo