Carioca que atua no Líbano relata terror: 'Restos de corpos, destroços e fome'
Vinícius Calamari, de 35 anos, fez em 13 horas trajeto de carro que levaria 30 minutos até chegar ao Sul do país e conseguir sair
O jogador Vinicius Calamari, natural de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, viveu momentos de horror ao sair do Líbano, onde estava jogando atualmente. Afinal, o país está em guerra, e diversos brasileiros precisam deixar o local quanto antes.
Vinicius, aliás, relata as dificuldades de atravessar o país de carro e aguardar um voo para o Brasil, contando que escapou por pouco de bombardeios. Ele atuava no Líbano há cerca de um mês, defendendo o Jwaya Club, no sul do país.
"Levei 13 horas de carro, muita gente entrando na contramão, muitos acidentes, muita fome, muita miséria ali. E você via os mísseis passando de um lado para o outro. Era horrível, não desejo isso a ninguém, a ninguém, a ninguém", disse em entrevista ao RJ2, da Globo. Ele ainda completou.
"A preocupação era o voo ser cancelado. Ele ia para lá, e a gente começou a entender que poderia ser devido aos mísseis, né? Muita gente orando, pedindo a Deus que o avião chegasse para a gente sair dali. Na minha memória, estão aquelas crianças que estavam ali na dificuldade, pedindo socorro, e as pessoas que vi soterradas nos prédios que caíram. "Foi assustador. Encostei numa parede e aí veio o segundo míssil. Caiu bem perto. Esse que caiu perto, esse aí foi brutal", lembra. "Cheguei a ver restos de corpo, destroço, essas coisas. Foi brutal" resumiu o atleta.
Todavia, o voo com Vinicius e outros brasileiros embarcou na segunda-feira (7). Já no ar, todos finalmente sentiram um alívio. O avião pousou em São Paulo na terça-feira, e ele seguiu de ônibus para o Rio de Janeiro. De Beirute, capital do Líbano, até Belford Roxo, foram mais dois dias de viagem.
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