Casos de racismo no futebol brasileiro aumentam 50% em 2022, mostra relatório
O Relatório da Discriminação Racial no Futebol será lançado nesta terça-feira (21)
Os casos de racismo no futebol brasileiro aumentaram 50% em 2022 em relação ao ano anterior, com 233 ocorrências. A informação consta do Relatório da Discriminação Racial no Futebol, que será divulgado nesta terça-feira (21) pela Confederação Brasileira de Futebol e pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
O relatório também aponta o crescimento no número de denúncias de racismo no futebol brasileiro, que saltou de 64 em 2021 para cerca de 90 no ano seguinte. A divulgação do documento acontecerá durante o encontro entre o diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho, e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, antes do jogo entre Brasil e Argentina, no Maracanã.
- Estamos lado a lado com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, empenhados em trabalhar pelo fim do racismo. O caminho a percorrer é desafiador. Mas começamos esse caminho mudando de forma estruturada a postura da CBF diante desse crime. Saímos da passividade vista em gestões anteriores para a ação. A criação de penas desportivas e de campanhas de conscientização tornaram a CBF uma referência mundial e também responsável pela causa. Racismo é crime, e é com trabalho que vamos fazer com que o futebol seja inclusivo, como deve ser - disse Ednaldo Rodrigues.
- Nesse segundo ano de parceria entre CBF e Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a divulgação do estudo, que está em sua nona edição, traz um profundo diagnóstico sobre a incidência dos casos de racismo e preconceito na cadeia do futebol - explica Marcelo Carvalho.