Com passagem vitoriosa pela Europa, Felipe Santana projeta novo desafio na carreira: 'Sigo a rotina de treinos'
Experiente, zagueiro teve destaque com a camisa do Borussia Dortmund e foi vice da Champions 2012/13. Depois de deixar a Chapecoense, ele procura novo clube para 2022
Experiente, o zagueiro Felipe Santana construiu uma carreira sólida e ganhou o mundo ao ter destaque no futebol europeu. Vice-campeão da Champions League com o Borussia Dortmund em 2012/13, o jogador, de 35 anos, concedeu uma entrevista exclusiva ao LANCE! em que fez um balanço da carreira. Ele também falou sobre a lesão que teve em 2021 e projetou os novos desafios após deixar a Chapecoense.
- O projeto Chapecoense foi maravilhoso para mim. Lá tive a oportunidade de vivenciar algumas competições que até então nunca havia jogado, o Brasileirão Série B. Te confesso que foi extremamente exaustivo porque os clubes são totalmente fora do eixo das viagens convencionais e por isso, na grande maioria elas demoravam muito. Mas foi especial em todos os sentidos: Na pandemia, jogar sem torcida, o grupo muito bom e termos sido campeões passando por muitas dificuldades no clube - afirmou o defensor, e emendou:
- Infelizmente não tivemos a mesma sorte da Série B, atuando na elite. Tive uma lesão quando eu tinha 10 jogos (ruptura do tendão de Aquiles) e desde então passei a acompanhar de longe essa tão triste campanha que acabou nos rebaixando novamente. Hoje, em Florianópolis, sigo minha rotina de treinos, e faço votos para que essa nova diretoria consiga equilibrar todos seus problemas e coloque o trem do Verdão outra vez nos trilhos. Para que assim a Chape volte a permanecer na elite do futebol brasileiro - completou.
Revelado no Figueirense, Felipe Santana ficou nove anos no futebol europeu, foi bicampeão alemão e ergueu a Taça da Alemanha pelo Borussia Dortmund. O defensor relembrou com carinho momentos gloriosos que viveu com a camisa aurinegra como o vice da Champions e o gol da classificação contra o Málaga. Ele também defendeu as cores do Schalke 04, da Alemanha, Olympiakos, da Grécia, e Kuban Krasnodar, da Rússia.
- Um balanço mais do que positivo quanto a títulos e experiências vividas durante a carreira. Com relação ao Borussia Dortmund eu já falei e repito: foi o clube que me moldou e me fez entender a grande diferença entre o atleta e o jogador de futebol. Lá ganhei os principais títulos, mas também perdi títulos tão sonhados - disse
- A Champions League é sem dúvida nenhuma o maior campeonato de clubes do mundo. E em 2012/13 tivemos a felicidade de participar e sermos os protagonistas da mesma junto ao Bayern de Munique. Em uma final que entrou pra história por ter sido a 1ª final Alemã de uma edição de Champions.
Tínhamos um time bem jovem, mas muito talentoso e provamos isso com a classificação em primeiro colocado no tão falado grupo da morte com clubes como Real Madrid, Manchester City, e Ajax. Todos respectivos campeões em seus países - completou:
- É claro que essa classificação nos ajudou muito a entendermos a dinâmica da competição. Já na fase de mata-mata fomos eficientes contra o Shakhtar em um jogo extremante difícil, que nos credenciou a jogar às quartas contra o Malaga, que viria entrar pra história do clube por tudo o que aconteceu durante os 180 minutos, e eu tive a felicidade de marcar o gol. Acredito que esses acontecimentos tenham nos dado fôlego, coragem e principalmente confiança para enfrentarmos o Real Madrid novamente e sem medo algum e assim foi. Vencemos e chegamos a final que infelizmente perdemos por um detalhe - contou.
Em 2017, Felipe retornou ao futebol brasileiro e assinou com o Atlético-MG. No entanto, as lesões e o falecimento do até então diretor esportivo Eduardo Maluf complicaram as missões do defensor em terras mineiras. Ele também frisou a oportunidade que teve de ser tratado por seu pai Alvimar Santana, que é quiropraxista e fisiotearapeuta.
- Acho que todo jogador profissional estando aqui quer ir, tem o sonho de ir para a Europa e estando lá ha muito tempo, sonho de um dia voltar a terra natal e comigo não foi diferente. Voltar para o Brasil foi uma oportunidade que tive de estar mais próximo de minha família, e assim foi. Voltei para o Atlético Mineiro, que na epoca tinha um super time, mas infelizmente com a morte do nosso até então diretor esportivo e falecido Maluf, perdemos as rédeas e não atingimos o tão sonhado título brasileiro - afirmou.
- Por outro lado estar aqui também foi muito bom, pois eu tive o privilégio de ser atendido por meu próprio pai, Alvimar Santana, que é quiropraxista e fisioterapeuta, me ajudando demais nas lesões que ja carregava desde de a Europa - finalizou.