Concussões no futebol: entenda os riscos, protocolos e atendimento aos atletas
Choques de cabeça são tratados com seriedade pela comunidade médica e CBF passou a adotar a 'substituição por concussão em 2024'
Em um mesmo fim de semana, quatro campeonatos distintos e de diferentes lugares do mundo registraram a mesma situação dentro de campo durante uma partida: um atendimento médico de urgência por conta de um choque de cabeça entre atletas no jogo. De forma imediata, todos os jogadores receberam atendimento seguindo 'protocolo de concussões' estabelecido pela International Football Association Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol.
No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a adotar de forma integral o protocolo da entidade. Os choques de cabeça são, de certa forma, comuns na prática do futebol, mas são levados com seriedade pela comunidade médica, que aplica sistematicamente um processo de avaliação e tratamento de cada atleta. O objetivo é evitar danos irreversíveis à saúde dos jogadores.
Foi o caso do lateral-esquerdo do São Paulo, Patrick Lanza, durante o clássico entre o tricolor e o Palmeiras, que aconteceu no fim de semana dos dias 17 e 18 de agosto. Além de Patrick, Sander, do Goiás, também caiu desacordado após pancada na cabeça no jogo contra a Ponte Preta na Série B. Fora do País, Bentancur, do Tottenham, e Ángel Gomes, francês Lille, também sofreram apagões no mesmo fim de semana em jogos dos seus campeonatos.
O protocolo também determina que a troca de um atleta que sofre concussão pode ser feita de forma imediata, em casos mais grave, ou após algum tempo de avaliação da equipe médica e de arbitragem. Foi o caso do meia Éverton Ribeiro, do Bahia, que saiu nove minutos depois da pancada no rosto que deixou seu olho inchado. Neste caso, o Bahia fez a substituição extra ainda no primeiro tempo, enquanto o Vitória só usou sua sexta troca no fim da segunda etapa
O documento da IFAB também diz que, ao constatar a concussão no jogador, não é permitido que o mesmo siga na partida, nem para uma eventual disputa de pênaltis. Porém, a equipe de arbitragem não tem poder para determinar se um atleta deve, ou não, ser substituído por conta do trauma na cabeça. O árbitro também não podem decidir se aquela substituição está sendo feita usando o protocolo com a troca extra. Cabe ao departamento médico das equipes avaliar.
