Aldo compara estádios da Copa a noivas: "atrasos sempre acontecem"
A preocupação e as cobranças da imprensa nacional e internacional sobre estádios atrasados deram o tom na entrevista de Aldo Rebelo, nesta quarta-feira, na Costa do Sauípe. O ministro do Esporte reagiu com a tentativa de transmitir uma mensagem de otimismo, ainda que a postergação da data estabelecida inicialmente já seja uma realidade para a Fifa.
Na última terça-feira, Joseph Blatter, presidente da entidade, admitiu que metade dos seis estádios que precisam ser entregues ficará provavelmente pronta em fevereiro. Os maiores problemas dizem respeito a Curitiba, Cuiabá e São Paulo - esta, palco da abertura. Nesta manhã, por sinal, o Comitê Organizador Local inicia inspeção na capital paulista para verificar danos de acidente na que matou dois operários na última semana.
"No Brasil há uma instituição muito tradicional e respeitada, e a maioria das pessoas passa por ela, o casamento", disse Aldo Rebelo. "É uma festa que as famílias preparam para duas pessoas. Geralmente, uma noiva e um noivo. Acho que 100% dos casamentos que testemunhei a noiva chegou atrasada, nunca vi chegar na hora, e nunca vi deixar de acontecer por isso", comparou Aldo para justificar problemas.
"É provável que possa haver um atraso ou outro, nada significativo, mas o importante é que todos estarão prontos em janeiro, segundo os construtores", disse o ministro. "Do Corinthians, houve um acidente, do Inter seria em janeiro mesmo. De Curitiba, houve de fato problema no repasse dos recursos. Pelo que examinamos, nada que comprometa o estádio dentro do prazo", completou.
Em outro momento, Aldo Rebelo também defendeu o próprio trabalho de acompanhamento nos estádios para a Copa do Mundo. No início de todo o processo, ele havia assegurado que todos os palcos do Mundial ficariam prontos no mês corrente.
"A cada três meses fiscalizo, vejo as obras, converso com governador, prefeito, proprietário, engenheiro chefe. Questiono a origem do material, dos equipamentos, dos fornecedores, o que vai chegar, quando vai. Tudo para que não seja um controle apenas formal", disse ainda.