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Terra na Copa

Ataque a bomba é maior "pesadelo" em Cuiabá durante Copa

6 jun 2014 - 13h45
(atualizado às 14h08)
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Reunião tratou de assuntos referentes à Copa
Reunião tratou de assuntos referentes à Copa
Foto: Keka Werneck / Especial

Um ataque a bomba é a maior preocupação em Cuiabá (MT) para os dias de Copa do Mundo, disse o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, na manhã desta sexta-feira.

Cuiabá vai sediar quatro partidas do Mundial na Arena Pantanal. Na entrevista, o secretário apresentou o Plano Operacional Integrado, que será executado neste mês, por uma força tarefa de cerca de 4 mil homens e mulheres da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, além da Força Nacional e do Exército. "Estamos preparados para o pior e o pior é um ataque a bomba", informou Bustamante.

Terrorismo

No caso de um ataque a bomba, quem vai atuar é uma equipe especializada do Comando de Operações Especiais, que tem sede em Goiânia. Essa mesma equipe atuará também, preventivamente, em todos os dias de jogos, na defesa química, biológica e radiológica, fazendo varreduras em pontos estratégicos como a Arena Pantanal, hotéis e espaços culturais onde vão ter shows e serão transmitidas, com entrada franca, nas 64 partidas da Copa. A expectativa é que esses espaços recebam 56 mil pessoas. Parte dessa equipe antibombas já está em Cuiabá.

No entanto, conforme o chefe do Estado Maior do Exército em Mato Grosso, coronel Paulo César Ferreira, é muito improvável que ocorra no Brasil um ataque a bomba ou um ato de terrorismo.

Totó Bodega apresenta Cuiabá, cidade-sede da Copa do Mundo:

A estimativa é que devam ocorrer mais roubos, furtos, brigas e bebedeira. O Plano Operacional Integrado leva em conta tudo que aconteceu nas últimas quatro Copas. Na África do Sul, por exemplo, que sediou o último Mundial, "aconteceu de tudo", conforme o secretário Bustamante. "Mas é importante observar o perfil dos turistas. Ingleses e alemães foram em peso para lá e eles bebem muito, brigam na rua e causam confusão". O secretário citou os hooligans ingleses, caracterizados pelo uso de álcool, fanatismo esportivo e violência urbana.

Em Cuiabá, no entanto, o secretário avalia que não haverá isso, porque as seleções que vão jogar na cidade "são tranquilas", como o Japão - citou. No entanto, é preciso estar preparado para o "pior", diz o secretário. Segundo ele, a Alemanha, que sediou a Copa 1974, subestimou riscos e enfrentou, sem o devido preparo, vários ataques à bomba.

Turistas

A Interpol vai agir junto aos turistas internacionais nas estradas e via aérea, para verificar se têm passagem policial, se a documentação está correta, se estão agindo dentro das regras locais, junto a Polícia Rodoviária Federal. O secretário assegurou que "não haverá tratamento vip para ninguém. Todos serão tratados da mesma forma, turistas e residentes". A diferença, segundo ele, será o encaminhamento, porque os turistas devem ficar três dias na cidade e depois vão embora.

Ataques a bomba são maior preocupação
Ataques a bomba são maior preocupação
Foto: Keka Werneck / Especial
Protestos

Os protestos durante a Copa também preocupam, inclusive porque isso já tem ocorrido em várias cidades, especialmente Rio e São Paulo. Em Cuiabá, a PM é que está responsável por esse aspecto da segurança. O secretário divide em dois os perfis dos manifestantes. Segundo ele assegura, será garantido o direito constitucional à expressão àqueles que se manifestarem pacificamente. "Agora, baderneiro é criminoso, quebra patrimônio, machuca as pessoas, não vamos tolerar".

Será usado para esse e outros fins armamento não letal, como pistola de choque e gás de pimenta, além do armamento cotidiano, ou seja, armas de fogo.

Arena

Na área interna da Arena Pantanal, a segurança, ou seja, os stwards, poderá se orientar por 400 câmeras já instaladas. No entorno, a Fifa terá responsabilidade pelo primeiro anel, a PM pelo segundo e as guardas de trânsito pelo terceiro. Nessas regiões, o foco serão os roubos e furtos, uma preocupação que turistas estrangeiros têm demonstrado publicamente com relação ao Brasil.

Aeroporto

No Aeroporto Internacional Marechal Rondon, que fica em Várzea Grande, cidade vizinha a Cuiabá, a Polícia Militar vai agir no entorno, a Policia Federal na área interna e a pista de embarque e desembarque ficará a encargo da Aeronáutica.

Lei geral da Fifa

Vendedores ambulantes ou fixos que estiverem comercializando produtos "piratas" ou não autorizados pela Fifa serão detidos e encaminhados para a delegacia.

Essa venda ilegal está sendo chamada de marketing de emboscada. Cambistas que estejam vendendo ingressos não autorizados também serão detidos e se os ingressos forem falsos vão responder por crime de estelionato.

Abuso sexual

Outro olhar especial da segurança será para os possíveis casos de prostituição infantil durante a Copa. "Não vamos permitir isso. Podem fazer turismo ecológico, esportivo, mas sexual não", advertiu o secretário. No zero quilômetro, em Várzea Grande, onde fica o aeroporto, que é uma área antiga de prostituição, haverá policiamento ostensivo durante o mês.

Abuso policial

No caso inverso, ou seja, quando algum cidadão quiser reclamar de possíveis abusos em abordagem policial, a forma de denunciar isso é na Corregedoria ou Ouvidoria da Polícia. Não haverá nenhum posto de reclamação que acolhe esse tipo de reclamação.

O secretário Bustamente admitiu que não foi feito nenhum treinamento especial para que as equipes de segurança façam uma abordagem qualificada e humanizada durante a copa, junto aos turistas e aos residentes também. "Esse preparo é permanente e contínuo, mas não fizemos nada de específico nesse sentido par a Copa", disse o secretário.

Fonte: Especial Especial 
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