Blatter se irrita com denúncias: "querem destruir a Fifa"
A eleição do Catar como país-sede da Copa de 2022 tem irritado o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Ele tentou manter-se em silêncio sobre o assunto na semana passada, mas desabafou nesta segunda-feira, em discurso para a Confederação Asiática de Futebol (AFC), em São Paulo. De acordo Blatter, opositores e parte da imprensa estão tentando destruir a Fifa.
Blatter já tinha mostrado no Twitter, no último sábado, sua indignação com o que a mídia inglesa tem chamado de "Qatargate", uma série de informações reveladas frequentemente sobre as possíveis ações ilegais na eleição do país-sede da Copa de 2022.
"Não ignoro o que a mídia informa sobre problemas éticos no futebol. Mas deixem o Comitê de Ética trabalhar", afirmou ele, referindo-se ao setor da Fifa que tem cuidado da investigação do caso.
Nesta segunda, porém, ele foi mais incisivo: "temos que mostrar união para quem quer destruir a Fifa. Vamos mostrar que somos unidos e que a entidade não pode ser destruída", afirmou ele, diante de representantes asiáticos que estão em São Paulo para o Congresso da Fifa, a ser realizado nesta terça e quarta-feira.
Os asiáticos, é claro, responderam com apoio a Blatter, inclusive para sua possível candidatura à reeleição como presidente da Fifa, em 2015. O presidente da Fifa disse ainda que a oposição à Copa no Catar é uma forma de racismo.
Tamanho apoio de Blatter ao Catar tem razões políticas também. Afinal, as denúncias envolvem um possível adversário de Blatter na eleição para presidente da Fifa - o francês Michel Platini, atual presidente da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), é especulado como possível candidato.
De acordo com Blatter, uma resolução sobre as acusações contra a eleição do Catar só sairá em setembro ou outubro deste ano. Existe a possibilidade de ser feita uma nova votação para país-sede, caso as acusações sejam confirmadas.
Quer acompanhar as notícias e jogos da Copa? Baixe nosso app. #TerraFutebol