As forças de segurança brasileiras estão usando agentes à paisana, interceptando e-mails e monitorando rigorosamente a mídia social para tentar garantir que protestos violentos contra o governo não arruínem a Copa do Mundo, disseram autoridades à Reuters.
As manifestações realizadas nos últimos meses têm sido muito menores do que as de junho passado, quando o Brasil sediou a Copa das Confederações - torneio de preparação para a Copa -, o que abalou o governo da presidente Dilma Rousseff.
Mas os protestos ainda desencadeiam atos de vandalismo contra bancos e a paralisação de partes de grandes cidades porque um grupo mais duro, de talvez alguns milhares de manifestantes em todo o país, se confronta com a polícia, incluindo alguns com máscaras autodenominados "black blocs".
O governo de Dilma teme que os protestos, dos quais os mais recentes vêm adotando o slogan ‘Não vai ter Copa', possam prejudicar gravemente a competição, que começa em 12 de junho em São Paulo e termina com a partida final em 13 de julho, no Rio de Janeiro.
Imagens frequentes de vitrines estilhaçadas de lojas, turistas assustados e policiais e manifestantes feridos - fatos já ocorridos - poderiam manchar um evento que vai atrair um número estimado em 600 mil visitantes estrangeiros e tem a meta de mostrar a ascensão do Brasil como potência mundial. Estão sendo organizadas manifestações em todas as 12 cidades nas quais haverá partidas.
A recente fragilidade da economia brasileira, mais a eleição presidencial de outubro, na qual Dilma concorrerá a um segundo mandato, aumentam ainda mais os riscos.
A assessoria de imprensa da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), uma divisão do Ministério da Justiça encarregada da segurança na Copa do Mundo, encaminhou perguntas sobre iniciativas de vigilância para o Ministério da Defesa, que não quis fazer comentários.
Dilma garante que país está preparado para a Copa:
Mas autoridades descreveram, sob condição de manterem o anonimato, uma vigilância crescente e generalizada a pessoas que integram o Black Bloc, cuja extensão ainda não tinha sido divulgada pela imprensa.
Além de monitorar as comunicações do grupo no Facebook e outras mídias sociais, agentes da inteligência se infiltraram no movimento e passaram informações para a polícia antes e durante recentes manifestações, disseram dois funcionários.
As autoridades também vêm usando tecnologia avançada para localizar os computadores de manifestantes violentos e ter acesso às suas comunicações, com a finalidade de identificar líderes e monitorar suas atividades, afirmou um funcionário.
Os funcionários enfatizaram que tais esforços não estão sendo direcionados à população brasileira em geral, mas aos membros de grupos violentos. Eles não quiseram especificar quais agências ou forças policiais estão realizando a vigilância nem dar mais detalhes sobre como a informação está sendo usada.
As táticas refletem a crença do governo Dilma de que, ao contrário das manifestações em grande parte pacíficas do ano passado, os black blocs são um problema criminal e devem ser tratados como tal.
"No ano passado todo mundo pensou que isto era os anos 1960. Mas agora é apenas Seattle", disse um alto funcionário, referindo-se aos famosos protestos que se tornaram violentos na reunião da Organização Mundial do Comércio em 1999.
25 de janeiro - O policiamento foi reforçado na Avenida Paulista em preparação para o protesto reunido sob o lema "Não vai ter Copa"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Policiais militares revistaram barracas no vão livre do Masp, onde diversas pessoas se reuniram durante este sábado, 25 de janeiro
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Representantes de movimentos sociais e entidades estudantis como a Assembleia Nacional de Estudantes - Livre estão entre os manifestantes
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Cartazes e faixas com frases contrárias à realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil - principalmente devido aos elevados gastos - foram confeccionados antes da marcha
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Uma comparação avalia os valores gastos no esporte, com os jogos da Copa do Mundo, e na saúde, com o dinheiro investido em cada paciente
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - A PM se postou em linha na frente do theatro e os manifestantes começaram a jogar pedras e outros objetos contra os policiais
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Manifestantes incendiaram uma lixeira, e o fogo acabou atingindo um Fusca, que ficou totalmente destruído
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Manifestantes destruíram uma viatura da Guarda Municipal
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Durante protesto, entulho na rua foi incediado
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando as portas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Agências bancárias e concessionárias foram depredadas depois que confusão começo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Por volta das 16h30, foi lido um manifesto para a Polícia Militar, que acompanha o protesto. No manifesto, os representantes afirmam que "o Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014, mas essa não foi uma vitória para o desenvolvimento brasileiro, e sim uma derrota para os direitos da população"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
25 de janeiro - Após caminharem pela avenida Paulista, parte do grupo desceu a avenida Brigadeiro Luiz Antônio
Foto: Isabel Grego / vc repórter
25 de janeiro - Grupo seguiu em direção à região central da cidade
Foto: Isabel Grego / vc repórter
25 de janeiro - Centenas de manifestantes foram acompanhados pela Polícia Militar
Foto: Isabel Grego / vc repórter
27 de janeiro - O secretário disse que não se pode considerar manifestante quem porta estiletes, explosivos, bolinhas de gude e outros instrumentos que servem para agressão
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Divulgação
27 de janeiro - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, afirmou na tarde desta segunda-feira que a ação dos dois policiais militares que balearam um manifestante no último sábado, na capital paulista, foi legítima e que eles atuaram em legítima defesa
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Divulgação
27 de janeiro - Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou imagens de itens apreendidos com manifestantes no protesto de sábado
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo / Divulgação
31 de janeiro - O grupo, formado majoritariamente por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), além de pessoas contrárias a realização da Copa do Mundo no País, se concentrou por volta das 15h em frente ao Theatro Municipa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Um grupo de cerca de 250 manifestantes fechou o trânsito na rua Libero Badaró, da altura do viaduto do Chá até o Largo São Francisco, no centro de São Paulo, em um ato contra a ação policial nos protestos populares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Segundo a SSP, eles serão recebidos pelo secretário adjunto da Segurança Pública, Antonio Carlos da Ponte
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Após protestarem em frente ao prédio da secretaria, um grupo de cinco pessoas escolhido para representar os manifestantes foi convidado a entrar no local
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - O grupo acusa a polícia de truculência, e criticou a ação policial no protesto do último sábado, quando o manifestante Fabrício Proteus Chaves, 22 anos, acabou sendo baleado por policiais militares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
31 de janeiro - Após caminharem por ruas do centro da capital paulista, os manifestantes chegaram por volta das 16h na rua Libero Badaró, onde fica a sede da Secretaria de Segurança Pública paulista (SSP-SP)
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
18 de fevereiro - No início da manifestação, de acordo com a polícia, havia cerca de 20 manifestantes
Foto: Dario Oliveira / Futura Press
18 de fevereiro - Manifestantes fecharam a Avenida Paulista reivindicando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar as denúncias de irregularidades envolvendo o Metrô de São Paulo e pedindo melhorias no transporte público
Foto: Dario Oliveira / Futura Press
22 de fevereiro - Manifestantes pedem a estatização da totalidade do ensino e gestão do mesmo por conta de educadores e alunos
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestante encapuzado mobilizado para o protesto em São Paulo contra a Copa do Mundo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestante reunido para o protesto cobre parte da face
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestantes reunidos na Praça da Liberdade por crítica à Copa e reivindicações sociais
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Cartaz de manifestante pede "mudança radical no sistema"
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Por volta das 18h, cerca de 1,2 mil manifestantes já se encontravam na Praça da Liberdade, na região central de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - PM também tem policiais da chamada "Tropa do Braço" entre manifestantes
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Cerca de 1 mil policiais foram deslocados para acompanhar novo protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Após a ação da PM, o protesto se dispersou, e pequenos grupos de manifestantes passaram a cometer atos de vandalismo em ruas do centro da capital paulista. Estabelecimentos tiveram suas fachadas danificadas
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - O fotógrafo do Terra Bruno Santos foi ferido na perna. Outros dois fotógrafos foram detidos pela PM
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Em meio ao tumulto, os repórteres dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, Sérgio Roxo e Reynaldo Turollo, respectivamente, além de Paulo Pisa, do G1, foram detido
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Policiais usaram bombas para dispersar manifestantes no centro de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - O Terra flagrou pessoas sendo detidas - parte delas por policiais da chamada Tropa do Braço
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestantes ficaram feridos em meio ao tumulto
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Manifestantes e policiais militares entraram em confronto no início da noite deste sábado, em meio ao protesto realizado no centro de São Paulo contra a realização da Copa do Mundo no Brasil
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - PMs cercaram dezenas de manifestantes e os prenderam, na rua Coronel Xavier de Toledo. No local, policiais fizeram um cordão de isolamento e ameaçaram jornalistas que se aproximaram
Foto: Bruno Santos / Terra
22 de fevereiro - Policiais militares cercam e isolam manifestantes detidos durante o protesto em São Paulo
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
22 de fevereiro - Mil policiais acompanharam os pouco mais de mil manifestantes no protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo neste sábado
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
23 de fevereiro - A cidade de São Paulo amanheceu com agências de bancos quebradas, vidros estilhaçados e muitos objetos queimados, reflexos dos estragos causados pelo protesto contra a Copa do Mundo realizado no centro da cidade na noite de sábado
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
23 de fevereiro - Todos as pessoas detidas no protesto de sábado contra a realização da Copa do Mundo no Brasil foram liberadas até a manhã deste domingo, conforme a Secretaria de Segurança Pública. Ao todo, 230 pessoas foram detidas e encaminhadas a distritos policiais da região central e dos Jardins - o maior número desde os protestos de junho do ano passado
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
13 de março - Em novo protesto contra a Copa na capital paulista, PM terá 2,3 mil homens
Foto: Thiago Tufano / Terra
13 de março - O protesto contra a Copa do Mundo marcado para esta quinta-feira em São Paulo já concentra 2,3 mil policiais militares no centro da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O tenente-coronel Eduardo Almeida, comandante da operação, justificou o grande número de PMs no protesto em função de haver muitos bancos e concessionárias de veículos na região
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O protesto contra a Copa do Mundo marcado para esta quinta-feira em São Paulo já concentra 2,3 mil policiais militares no centro da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - protesto contra a Copa do Mundo marcado para esta quinta-feira em São Paulo já concentra 2,3 mil policiais militares no centro da capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - De acordo com o major Mário Alves da Silva Filho, 200 agentes são da chamada tropa do braço da PM
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Manifestantes estão sendo revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O protesto tem saída prevista do Largo da Batata, no centro de São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e, até o início da tarde de hoje, contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O protesto Não Vai Ter Copa, feito em fevereiro, reuniu aproximadamente 1,5 mil pessoas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e, até o início da tarde de hoje, contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Alan Morici / Terra
O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes foram revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata, no centro de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes foram revistados antes mesmo da saída da marcha do Largo da Batata, no centro de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - O protesto tem a presença de 2,3 mil policiais militares
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Quando o grupo alcançou a avenida Paulista, a fachada de uma agência do Banco do Brasil, localizada ao lado do Museu de Arte de São Paulo (Masp) foi atingida por black blocs
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Houve correria, e a PM tentou cercar um grupo de manifestantes, sem sucesso
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Cerca de 1,5 mil manifestantes marcharam pela capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Policiais fizeram duas barreiras para manter os manifestantes junto ao vão livre do Masp. Alguns conseguiram correr para uma lanchonete, que começou a ser fechada
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - Cerca de 1,5 mil manifestantes marcharam pela capital paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
13 de março - PMs fazem cerco para tentar proteger lojas que ficam no local
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - O terceiro ato do ano contra a Copa foi convocado pelo Facebook e, até o início da tarde de hoje, contava com a confirmação de quase 14 mil pessoas
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - Na esquina com a rua Joaquim Antunes, em direção à avenida Paulista, manifestantes com malabares assumiram a linha de frente da marcha
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - O protesto tem a presença de 2,3 mil policiais militares
Foto: Alan Morici / Terra
13 de março - Policiais se protegem atrás de escudo durante manifestação na capital paulista
Foto: Fabrício Bomjardim / vc repórter
13 de março - A PM acompanhou o protesto e orientou o trânsito na região do Largo da Batata
Foto: Fabrício Bomjardim / vc repórter
13 de março - Alunos da USP se inspiram na greve dos garis do Rio de Janeiro para protestar contra a Copa do Mundo no Brasil
Foto: Fabrício Bomjardim / vc repórter
13 de março - Horas antes da manifestação, a Polícia Militar já ocupava o Largo da Batata, na zona oeste da cidade
Foto: Kelly Carmo / vc repórter
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Manifestantes fazem protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo. Grupo de cerca de 1 mil pessoas se reúne na avenida Paulista. Cerca de 1 mil policiais militares acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Cerca de mil manifestantes protestam contra a realização da Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - O grupo marcha em direção ao centro de São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - O grupo saiu em marcha pela avenida Paulista no sentido Paraíso por volta das 19h30
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Segundo a Polícia Militar, aproximadamente mil agentes acompanham a manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Grupo se reuniu na avenida Paulista, que ficou totalmente bloqueada no sentido Consolação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Cerca de mil manifestantes protestam contra a realização da Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Felipe Marques / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
27 de março - Protesto contra Copa do Mundo reúne mais de 1 mil manifestantes e cerca de 1 mil policiais. Manifestação terminou de forma pacífica
Foto: Adorno Whert / vc repórter
15 de abril - Cerca de mil manifestantes fazem ato contra Copa do Mundo em São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - O palco da concentração da manifestação foi o Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na avenida Paulista
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Os manifestantes sairam em direção à avenida Rebouças, de onde seguiram em direção à Marginal Pinheiros
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Apesar da chuva e do frio, em torno de mil pessoas participam do ato
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Manifestante é arrastado por PM em protesto em SP
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Ativistas protestam contra a Copa do Mundo de Futebol
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Cerca de 1 mil pessoas participaram do ato
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - O protesto teve chuva e frio
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - A marcha foi pacífica. No final, contudo, manifestantes apedrejaram agências bancárias
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Houve correria e muitos entraram na estação Butantã, Linha Amarela do Metrô
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - A polícia cercou de 30 a 40 pessoas próximo às catracas, que acabaram detidas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Mas o protesto não foi apenas de raiva
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - Mascote da Copa é enforcado na manifestação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
15 de abril - A Polícia Militar prendeu 54 manifestantes ao término do ato contra o Mundial de Futebol
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Cartazes, faixas e camisetas reúnem reclamações dos manifestantes em passeata
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Manifestantes protestam nas ruas da capital paulista
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Grupo partiu da avenida Paulista em direção à estação Butantã, na zona oeste da capital
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Apesar do frio, manifestantes seguiram com a passeata em São Paulo
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Segundo a PM, cerca de 800 homens foram destacados para acompanhar o protesto
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Intitulado 'Se não tiver saúde, não vai ter Copa', o protesto foi organizado pela rede social Facebook
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Um novo protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil foi marcado para o dia 29 de abril
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Manifestante queima álbum de figurinhas da Copa do Mundo
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Homem protesta com cartaz contra o Mundial de Futebol
Foto: Kevin David / vc repórter
15 de abril - Populares pedem atenção à saúde pública em manifesto
Foto: Kevin David / vc repórter
29 de abril - "Vergonha e hipocrisia! Vem me falar que o ponto negativo foi a morte de três trabalhadores? A vida vale muito mais que evento onde quem lucra é a Fifa. E os hospitais que têm em Itaquera?", questionam os organizadores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
29 de abril - Cerca de 500 manifestantes, segundo a PM, interditam a rua Tuiuti, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, contra a Copa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
24 de maio - Cerca de 1 mil manifestantes deixaram a praça da Sé por volta das 17h10
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Policiais da Tropa de Choque, Cavalaria e outros pelotões acompanham a manifestação
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Movimentos grevistas de rodoviários e metroviários engrossam o corpo de manifestantes no ato
Foto: Kevin David / Futura Press
24 de maio - Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em SP
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em SP
Foto: Janaina Garcia / Terra
24 de maio - Manifestantes chegaram até a estação Brigadeiro, da linha verde do Metrô de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Mascarados, manifestantes caminharam em um protesto contra o dinheiro investido na Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes que participaram de um protesto contra a Copa do Mundo manifestaram apoio aos rodoviários e aos professores, que também têm protagonizado atos no Estado
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Com escudos de proteção, grupo mascarado participou de protesto pacífico em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Estabelecimentos de São Paulo fecharam as portas mais cedo por conta do ato contra a Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Mais de mil manifestantes participaram do ato no centro de São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - "Não vai ter Copa" dizem os manifestantes. Ato mobilizou mais de mil pessoas em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Policiais chegaram a acompanhar o protesto, mas não tiveram que agir no ato, que foi pacífico
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Força policial compareceu ao protesto também em cima de cavalos, mas não tiveram que agir
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes passaram pela Catedral da Sé, no centro da capital paulista
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Em um dos dias mais frios do ano, uma mulher agasalhou uma criança, durante o protesto contra a Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Durante o ato, manifestantes queimaram cartazes, mas não houve violência
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Álbum oficial da Copa do Mundo também foi queimado em protesto
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes queimaram o álbum oficial da Copa do Mundo, em protesto contra a Copa
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Apesar do fogo, protesto na Copa do Mundo foi pacífico
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Em uma loja, um coração de rosas participou do cenário onde aconteceu um protesto, contra a Copa do Mundo
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em SP
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Capa da revista Época, com a frase "Brasil padrão Fifa" também fez parte do cenário
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Fachada de um banco, com brasileiros torcendo pela Copa, contrastam com cenário de protesto nas ruas
Foto: Alan Morici / Terra
24 de maio - Policiais se posicionam em frente a um grafite, durante protesto em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
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ORIGEM INTERNACIONAL
A vigilância corre o risco de provocar um mal-estar em um país com más lembranças da Ditadura Militar de 1964-1985, que espionava intensamente esquerdistas suspeitos, incluindo a própria Dilma, na época, integrante de um grupo guerrilheiro marxista.
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, não quis fazer comentários sobre os procedimentos da área de inteligência, mas disse que as forças de segurança "respeitam completamente o direito das pessoas protestarem em paz".
"Nós estamos agindo para garantir a segurança das pessoas contra aqueles que buscam a violência", afirmou Grella. Um protesto em São Paulo, no dia 25 de janeiro, foi um vívido exemplo do tipo de desordem que poderia potencialmente estragar a Copa do Mundo.
Depois de um protesto pacífico de cerca de 1.500 pessoas, algumas dezenas de manifestantes se separaram e bloquearam grandes avenidas, provocaram incêndios e tentaram virar um carro de polícia.
Quando a polícia perseguiu um grupo de manifestantes dentro do saguão de um hotel houve pânico entre os hóspedes, dos quais alguns receberam ordens para se sentar no chão enquanto os agentes tentavam identificar os manifestantes e prendê-los, de acordo com a mídia local. Outros hóspedes, amedrontados, se refugiaram em seus quartos.
Os manifestantes, e aqueles que os estudam, dizem que tais incidentes têm sido agravados pela resposta do governo - que, segundo eles, não entende fundamentalmente do que se trata o movimento.
Os black blocs são um fenômeno internacional, tendo aparecido pela primeira vez na Europa nos anos 1980 durante protestos contra a energia nuclear e outras questões. Alguns acadêmicos os comparam aos anarquistas do início do século 20, observando o papel-chave que tiveram nas manifestações antiglobalização, como a de 1999, em Seattle.
Em alguns casos, os grupos não têm líderes e são desprovidos de qualquer organização, unindo-se somente pelas táticas e a maneira de se vestir - em geral, inteiramente de preto. Em outros há alguma coordenação.
Em São Paulo, os black blocs têm um tempero local. Os aderentes são predominantemente homens com idades entre 15 e 23 anos, egressos da nova classe média baixa que floresceu quando a economia do Brasil cresceu na década passada, disse o professor Rafael Alcadipani, da escola de negócios da Fundação Getúlio Vargas, que estuda o grupo e entrevistou seus membros.
Esse grupo demográfico deu grandes saltos em consumo e pôde pela primeira vez adquirir máquinas de lavar, TVs de tela plana e outras mercadorias. Mas a maioria deles sofre com a má qualidade do sistema de saúde, escolas públicas ruins e longas jornadas no transporte, já que o governo não foi capaz de equilibrar a renda crescente deles - e as expectativas - com serviços melhores.
Os black blocs "acreditam que o sistema político brasileiro está quebrado e não os representa", disse Alcadipani.
Brasília (DF)
Foto: Franco Rithele / Futura Press
São Paulo enfrenta protestos pela Copa; ato contra o Mundial movimentou sedes pela primeira vez no ano
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
São Paulo (SP)
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manaus (AM)
Foto: Edmar Barros / Futura Press
Porto Alegre (RS)
Foto: Fernando Teixeira / Futura Press
Recife (PE)
Foto: Matheus Britto / Futura Press
Rio de Janeiro (RJ)
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Curitiba (PR)
Foto: Vagner Rosario / Futura Press
Curitiba (PR)
Foto: Gel Lima / vc repórter
Curitiba (PR)
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Curitiba (PR)
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Curitiba (PR)
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Curitiba (PR)
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Curitiba (PR)
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Curitiba (PR)
Foto: Gel Lima / vc repórter
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ESPERANDO NOVOS PROTESTOS
Uma black bloc que disse apenas chamar-se Ana afirmou que muitos membros acreditam que o vandalismo é o único meio de atrair a atenção da mídia para os seus pontos de vista.
"É um grupo extremamente diverso, mas a única coisa que nos une é a crença em que não podemos aceitar silenciosamente o que os políticos estão fazendo conosco", disse ela.
Em outubro, black blocs espancaram gravemente um coronel da polícia, quebraram sua clavícula e roubaram sua pistola. Os manifestantes alegam que a polícia de São Paulo também usa táticas brutais e citam os tiros dados em um manifestante em 25 de janeiro. A polícia diz ter agido em autodefesa.
O maior medo do governo é que o tamanho e a violência dos protestos explodam novamente quando a Copa do Mundo começar.
Se isso vai acontecer é uma incógnita, já que depende de fatores que variam da situação da economia ao desempenho da seleção brasileira. Muitos acreditam que, se o Brasil for eliminado cedo, os brasileiros ficarão menos ligados nos jogos e mais propensos a sair às ruas.
As táticas dos black blocs assustaram muita gente na classe média, principal motivo que fez as manifestações encolherem e não conseguirem reunir mais do que alguns milhares desde julho.
Protesto contra a Copa tem ‘Batman’ do Rio:
No entanto, se a polícia for muito longe na repressão, o efeito poderá ser o oposto. Uma reação com mão pesada a pequenas manifestações em junho passado enfureceu muita gente e foi um importante fator para que o número de participantes nos protestos se multiplicasse na época.
Esse difícil equilíbrio ajuda a explicar por que as autoridades estão ansiosas por abraçar ações de inteligência e outras novas táticas.
Grella disse que a polícia estuda como outros países lidaram com o Black Bloc. As próximas semanas verão a estreia de uma nova "Brigada de Captura" da polícia uniformizada, sem armas de fogo, que será encarregada de deter manifestantes violentos, disse ele.
Os esforços da polícia para prender manifestantes e registrar seus nomes, e em alguns casos, indiciá-los, também produziram resultados. A maioria dos cerca de 200 black blocs identificados pela polícia em São Paulo não participou do protesto de 25 de janeiro por medo de ser processada, disse Esther Solano, uma outra acadêmica que estuda o grupo.
No entanto, novos membros surgiram para tomar o seu lugar - um mau presságio para os meses mais à frente.
"Enquanto o governo não enfrentar as principais questões, as pessoas vão continuar protestando", disse Alcadapini, o professor da FGV. "Nada mudou desde junho."
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