Romário diz ter apoio suficiente para criar CPI da CBF
Ex-jogador quer ser o relator de comissão e estender a investigação até a gestão Ricardo Teixeira
Após a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, o senador Romário (PSB-RJ) disse nesta quarta-feira já ter conseguido assinaturas suficientes para criar uma CPI para investigar denúncias de corrupção no futebol brasileiro. O ex-jogador, que pretende relatar os trabalhos, espera estender a investigação para a gestão de Ricardo Teixeira.
Romário disse ter obtido o apoio de cerca de 45 senadores, quando é preciso um mínimo de 27 para criar uma CPI. Depois de protocoladas assinaturas, os parlamentares poderão ainda retirar o apoio até a meia-noite do mesmo dia.
“A CPI pretende investigar tudo que vem acontecendo na CBF. Com essa possibilidade de prisão do Ricardo Teixeira, essa CPI não pode ser restrita só ao mandato do Marin e do Marco Polo (Del Nero, atual presidente)”, disse o senador.
Além de Romário, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também anunciou o início de coletas de assinaturas para criar uma CPI para investigar a CBF. Ex-presidente do Cruzeiro, o pedetista foi um dos articuladores para derrubar a criação de uma CPI da CBF em 2013.
Além das articulações por uma CPI, o relator da Medida Provisória do Futebol, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), encaminhou um pedido de informação à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, para saber se o esquema criminoso investigado pelas autoridades americanas incluía o futebol brasileiro.
“Consideramos muito importante saber se aquela engrenagem mafiosa que o governo americano investiga também atuava no âmbito do futebol brasileiro, especialmente na Copa do Mundo de 2014, quando o senhor José Maria Marin (um dos presos na operação de hoje) era o presidente da CBF”, escreveu o parlamentar.