Brasileiro viajará 20 mil km para ver 21 partidas da Copa
Ele tirou férias da empresa e já gastou mais de R$ 19 mil para assistir aos jogos do Mundial
Ele já assistiu a 18 partidas em três Copas do Mundo. Este ano, porém, o jornalista Theo Saad vai viajar mais do que em qualquer um dos seus mundiais anteriores, mesmo sem sair de sua terra natal. A maratona deste fanático torcedor, que vai acompanhar de perto 21 jogos, inclui 15 viagens de avião e nove de ônibus, totalizando 20.142 quilômetros – mais do que a distância entre São Paulo e Tóquio, por exemplo.
“Sempre gostei de Copa, e queria ter ido em 94, mas eu tinha apenas 17 anos. Em 1998 comprei um pacote e assisti a todos os jogos do Brasil a partir das oitavas de final. Na final, contra a França, lembro que estava em um ônibus indo para o estádio quando tomei um susto ao ouvir de uma rádio brasileira que o Ronaldo não jogaria.”
No Mundial de 2002, não teve jeito – os gastos para encarar o evento do outro lado do planeta eram altos demais, mesmo para um fanático como ele. No Mundial da Alemanha, porém, Saad estava de volta. Viajou a tempo de assistir à vitória do Brasil sobre Gana, por 3 a 0, e à derrota diante da Franças nas quartas de final. “Acabei me sentindo um pouco frustrado, pois o Brasil foi eliminado cedo e vi apenas dois jogos.”
Por conta disso, decidiu abrir mão das agências de viagem e foi por conta própria em 2010. Comprou entradas para 12 partidas por meio do site da Fifa. Viu três jogos do Brasil (inclusive a eliminação, para a Holanda). Mas um dos favoritos foi a eliminação da Argentina: a equipe comandada por Maradona perdeu de 4 a 0 da Alemanha. “Também gostei muito de Uruguai e Holanda, na semifinal”, diz.
Este ano, Saad conseguiu ingressos para 21 partidas em seis cidades-sede: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador. Para tanto, já desembolsou mais de R$ 19 mil (40% disso com as entradas). “Só não vou ver mais porque minha esposa está grávida de cinco meses e não quero deixá-la sozinha por muito tempo.”
Para conseguir ingresso para tantas partidas, o jornalista montou uma força-tarefa. Seis ele comprou pela própria conta no site da Fifa; outras seis como convidado, pela conta da esposa. Além disso, contou com a ajuda de 12 amigos para acessar o sistema nos momentos em que a venda foi liberada.
“O que mais me atrai na Copa é o clima das torcidas. Gosto de chegar cedo ao estádio, conhecer pessoas de outras nacionalidades. Muitos não entendem, mas, para mim, ver Suíça e Equador é tão legal quanto Espanha e Holanda. Às vezes, um jogo com seleções menos tradicionais é até mais bonito, pois elas não têm tanta responsabilidade.
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