Por superstição, alemão não lava camisa da seleção na Copa
Há duas semanas no Brasil, os alemães Marins Nieweg e Sebastian Merz, de Colônia, já têm a certeza de que essa viagem será inesquecível. Nunca vão esquecer o jogo histórico a que assistiram em Belo Horizonte, quando a Alemanha goleou o Brasil. "Foi um épico", diz Sebastian. "Quando o jogo acabou, fomos festejar. Foram tantos dias de festa que estamos doentes agora", completou Marins, pouco antes de os dois entrarem no Maracanã para ver a final.
Eles alugaram um carro e seguiram o time pelo país. Já passaram por Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e, agora, Rio de Janeiro. "Estamos dormindo na casa de uma senhora que está hospedando o mundo inteiro. Lá estamos com argentinos, franceses, mexicanos, croatas, todo mundo junto, numa atmosfera impressionante. É uma Copa dentro da Copa. Os brasileiros são excelentes anfitriões."
Segundo eles, a mulher parece estar muito satisfeita de receber todos esses turistas. Só reclama do mau cheiro. É que a maioria dos torcedores não gosta de lavar a camisa do time: se lavar, corre o risco de perder a mágica da vitória. "Depois de hoje, quando a Alemanha for campeã, a gente vai finalmente poder lavar as camisas", diz Sebastian.
Quando a Copa acabar, eles vão de carro até Santa Cruz de Cabrália, na Bahia. Querem conhecer a cidade onde a seleção da Alemanha ficou hospedada durante o Mundial. "Ouvimos falar que a Bahia é linda, tranquila e calma. Esse foi o segredo da Alemanha. Conseguia se recuperar e estar regenerada para todos os jogos. Antes de voltarmos pra casa e para os nossos trabalhos, precisamos relaxar por lá também", disse Marins.