Cícero e Carlos Eduardo vivem expectativa pela Seleção
Duas das principais figuras entre os brasileiros na atual edição do Campeonato Alemão, Cícero e Carlos Eduardo, respectivamente por Hertha Berlim e Hoffenheim, disputam o título do torneio e, de quebra, a atenção de Dunga.
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Vivendo as melhores fases na carreira, eles deixaram o Brasil como vice-campeões da Libertadores nos últimos dois anos. A intenção era se estabelecer em um dos países europeus onde a adaptação é mais difícil e o registro de jogadores repatriados não para de crescer. Na lista de convocados que Dunga divulga nesta quinta-feira, às 15h, para os amistosos contra Equador e Peru, os nomes de Cícero e Carlos Eduardo são surpresas possíveis.
"Todo jogador tem vontade de vestir a camisa do seu país. É um orgulho muito grande, sobretudo pela história que a gente passou no Brasil e depois foi conquistando tudo na vida. Se pintar alguma coisa, ficarei muito grato, mas meu princípio é primeiro trabalhar aqui na minha equipe", diz Cícero, que atua como volante na linha de quatro meio-campistas do Hertha Berlim, líder do Campeonato Alemão. "É um momento inédito na história do clube", diz.
Nunca em sua história o clube da capital Berlim esteve tão perto de conquistar o título, que agora é uma possibilidade concreta. Muito por causa da boa fase de Cícero, 24 anos, que é um dos artilheiros do elenco, com seis gols, apesar das obrigações defensivas.
"Desses seis gols, cinco foram de cabeça, que é uma característica minha desde os tempos do Bahia. É um pouco dom, um pouco competência, tempo de bola e treinamento para aprimorar, claro. Sou metido a fazer gols de cabeça desde que tinha nove anos de idade e já me chamaram de melhor cabeceador da América", brinca Cícero, vice-campeão da Copa Libertadores de 2008 com o Fluminense.
Também canhoto, Carlos Eduardo é outro jogador que se acostumou a realizar funções mais defensivas na Alemanha com a camisa do Hoffenheim, time que tem o melhor ataque do país, com 49 gols em 23 partidas. Se no Grêmio, vice-campeão da Libertadores de 2007, Carlos atuava como um ponta-esquerda, hoje é possível ver um meia mais completo que atua como volante pela direita e chega à frente com destaque. Uma função multifacetada que cai bem aos olhos de Dunga.
"Me sinto mais acostumado a jogar como tenho jogado agora. Me adaptei bem", explica o jovem de 21 anos que chegou a constar na pré-lista de Dunga para a Copa América de 2007. "Estou na expectativa, pois acho que tenho feito um bom papel", diz, sem descartar voltar a atuar em mais à frente. "O que importa é receber uma oportunidade".
Carlos Eduardo, aliás, tem a origem gaúcha, o que pode dar vantagens pela forte ligação que Dunga tem com o Rio Grande do Sul. "Ele já me conhece e isso ajuda um pouco. Sabe também que o futebol gaúcho é muito duro", conta.