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Terra na Copa

Em amistoso da discórdia, Brasil pega Bolívia e Felipão caça novidades

Enquanto Marin tenta entender destino de renda, treinador da Seleção espera repetir 2002 e achar um "novo Kléberson" em equipe caseira

6 abr 2013 - 07h07
(atualizado às 10h47)
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<p>José Maria Marin afirmou, publicamente, que renda de amistoso seria destinada à família Espada</p>
José Maria Marin afirmou, publicamente, que renda de amistoso seria destinada à família Espada
Foto: Ricardo Stuckert/CBF / Divulgação

Uma semana inteiramente chuvosa, em Santa Cruz de la Sierra, se completa neste sábado com o encontro entre a Bolívia e a Seleção Brasileira, às 16h30 (de Brasília), no Estádio Ramon Aguilera. Para seu quarto jogo desde a volta ao cargo, Luiz Felipe Scolari só terá jogadores que atuam no Brasil, e ainda assim mais desfalques. Além disso, quatro garotos Sub-20 em um banco de reservas incompleto e nenhum treinamento realizado. E este não é o maior problema do amistoso da discórdia entre os bolivianos...

Anunciado por José Maria Marin, presidente da CBF, como beneficente à família do jovem morto - em duelo entre San José-BOL e Corinthians em fevereiro - Kevin Espada, o confronto é encarado de outra maneira pela Federação Boliviana. Segundo seu presidente, Carlos Chávez, os recursos serão divididos com os campeões da Copa América de 63, mas a Federação irá absorver ainda o dinheiro gasto para a realização. A CBF afirma ter abdicado do cachê de R$ 2 milhões que normalmente cobra. 

As informações veiculadas revoltaram a família Espada que, só na última quarta-feira, recebeu convite para ir de Cochabamba até Santa Cruz de la Sierra acompanhar o jogo. Limbert Beltrán afirmou que não pretende assistir ao amistoso e protestou publicamente. "Estão usando o nome de meu filho para promover a partida", reclamou o pai de Kevin. 

Felipão tenta tirar benefícios de partida na Bolívia

QUEM PODE GANHAR ESPAÇO
Photocamera

Jean - Único convocado para a lateral direita por Felipão além de Daniel Alves, o volante do Fluminense será titular na Bolívia. Felipão, se gostar, pode levá-lo à Copa das Confederações também por cumprir duas funções

Ralf - Enquanto o treinador procura volantes marcadores e parece ter simpatizado com o gremista Fernando, Ralf deve jogar ao lado de Paulinho para mostrar suas virtudes a Felipão

André Santos - Titular na Copa das Confederações 2009, perdeu espaço na sequência com Dunga e também, após jogar muitas partidas com Mano, foi deixado de lado. Estreia com Felipão

Alexandre Pato - Livre de lesões desde que chegou ao Corinthians, tenta novamente jogar no alto nível de outros tempos. Tecnicamente acima da média, seria opção a Fred, mais homem de área

Em meio à situação desconfortável, Luiz Felipe Scolari terá um adversário acessível em busca da primeira vitória na volta ao cargo - até aqui, tem derrota para a Inglaterra e empates com Itália e Rússia. Felipão, que só convocou jogadores que atuam no Brasil, admitiu uma dose de superstição na partida, sua penúltima até a convocação da Copa das Confederações. Em janeiro de 2002, enfrentou a mesma Bolívia em jogo semelhante e, a partir dali, resolveu apostar em Gilberto Silva e Kléberson, destaques no pentacampeonato. 

Sem muito tempo para definir a lista final para o torneio a ser disputado em junho, Felipão vai tentar encontrar, no grupo formado por atletas do futebol brasileiro, algumas novidades. Por isso, até abdicou de nomes que já considera realidade para a Copa das Confederações, casos do gremista Fernando e de Fred, do Fluminense. Depois de adiar a convocação por duas oportunidades, terá na Bolívia só 17 jogadores - mas ainda assim a chance de reunir Neymar, Ronaldinho e Alexandre Pato. 

Será a décima vez na história que a Seleção Brasileira vai a campo contra a Bolívia em seu país, mas desta ocasião longe da altitude. Em La Paz (3660 metros) ou Cochabamba (2500 metros), o retrospecto é bem ruim: uma vitória, um empate e seis derrotas. Em Santa Cruz de la Sierra, como neste sábado, venceu na visita realizada em 1981.  

Prováveis escalações:

Bolívia: Galarza; Diego Bejarano, Zenteno, Eguino e Marvin Bejarano; Veizaga, Rojas, Chumacero (Meleán) e Campos; Marcelo Moreno e Arce. Treinador: Xabier Azkargorta

Brasil: Jefferson; Jean, Dedé, Réver e André Santos; Paulinho e Ralf; Osvaldo, Ronaldinho e Neymar; Alexandre Pato. Treinador: Luiz Felipe Scolari

Fonte: Terra
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