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Terra na Copa

Em protestos, BH se revolta contra Copas, Neymar, Blatter e Fifa

19 jun 2013 - 07h44
(atualizado às 11h52)
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O clima de manifestações contra os mais variados temas seguiu firme em todo o País nesta terça-feira. E, em Belo Horizonte, não foi diferente. Cerca de três mil pessoas foram às ruas protestar contra os mais distintos assuntos, como transporte público e remunerações, mas o que se viu nas ruas da capital mineira foi, principalmente, um clima de indignação contra a realização da Copa das Confederações 2013 e da Copa do Mundo 2014 no Brasil.

Confira todos os vídeos da Copa das Confederações

O Terra acompanhou a passeata que saiu da UFMG desde seu início, por volta das 17h20 desta terça-feira. E o que se viu em sua maioria foram estudantes insatisfeitos com a realização do Mundial no País principalmente pelos gastos excessivos com a construção ou reforma dos estádios que irão sediar a competição.

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"Gastar R$ 1,2 bilhão é absurdo. Por que não gastamos isso com saúde?", questiona a estudante de economia Rafaela, se referindo à arena feita em Brasília. "Quando falam do 'padrão Fifa', o governo brasileiro prontamente faz o que querem. Por que não temos essa agilidade na hora de beneficiar o povo?", continua Luana, outra aluna de economia da UFMG.

Ao longo da passeata, a reportagem constatou centenas de faixas e cartazes protestando contra a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo no Brasil. Se o foco principal das manifestações era antes o aumento das passagens no transporte público, hoje as exigências se diversificaram e apontam, em grande parte, aos torneios de futebol.

"Temos que expulsar esse bando de bandidos daqui. Marin, Blatter, Dilma, todos farinhas do mesmo saco. Isso tem que ter um fim", decretou Luiz Antônio, que cursa medicina. Sobrou até para o atacante Neymar, que ouviu seu nome virar coro depreciativo: "Brasil, vamos acordar, um professor vale mais do que Neymar". O cântico chegou a ser entoado por três mil pessoas na capital mineira nesta terça.

A promessa é que os protestos continuem na capital minera ao longo da semana, assim como em todo Brasil. Apesar de o Mundial ter sido confirmado no País desde 2007, só agora a população passou a reclamar, principalmente pelos gastos excessivos com estádios e com o tratamento diferenciado dado às exigências da Fifa.

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Belo Horizonte volta a receber uma partida da Copa das Confederações apenas no sábado, quando Japão e México se encaram. Na última segunda, enquanto Taiti e Nigéria se enfrentavam, 20 mil foram às ruas protestar contra tarifas de ônibus, ajustes salariais, Copa do Mundo e governo, entrando até em conflito contra a PM. A batalha do povo contra o sistema deve continuar nos próximos dias.

Fonte: Terra
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