"Estamos fazendo história", diz ex-craque da Costa Rica
Ele foi um dos poucos costarriquenhos que não gritou nos primeiros gols marcados pela Costa Rica nas cobranças de pênaltis contra a Grécia. Sabe que tudo pode acontecer até o final do jogo e preferiu demonstrar sua felicidade com um sorriso de canto de boca. Só quando a Grécia perdeu um pênalti é que ele gritou. E quando a vitória da Costa Rica estava confirmada, o ex-craque costarriquenho Juan Cayasso, de 53 anos, foi para o abraço dos conterrâneos que estavam na arena Fifa Fan Fest de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo.
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"Estamos fazendo história", disse Cayasso, primeiro jogador da Costa Rica a marcar um gol em uma Copa do Mundo, no mundial de 1990. Naquele ano, o país estava no grupo do Brasil e chegou às oitavas de final, mas foi eliminado pela Checoslováquia.
Ídolo dos costarriquenhos, que a todo momento pediam para tirar uma foto ao seu lado, Cayasso disse que esperava que a Costa Rica ficasse no máximo em segundo lugar no grupo "da morte", que tinha também Uruguai, Inglaterra e Itália, todos já eliminados. "Ficamos em primeiro do grupo e isso já foi fantástico. Ganhamos da Grécia e agora já é histórico", afirmou.
Para ele, uma vitória contra a Holanda nas quartas de final é possível. "Jogamos no grupo da morte e nunca pensamos que isso aconteceria. Não podemos pensar que não temos chance contra a Holanda. A Costa Rica está mais forte que o México, que jogou hoje (domingo) contra a Holanda, porque a nossa confiança foi crescendo e passamos por partidas difíceis. A Holanda vai ser mais uma", afirmou.
Atualmente diretor esportivo da prefeitura da cidade de Limón, na Costa Rica, ele elogiou o treinador de sua seleção, Jorge Luis Pinto. "Ele sabe calcular as coisas bem. Ele vai ser cauteloso contra a Holanda. Os jogos não são mais de 90 minutos, podemos ter meia hora de prorrogação, por isso é importante calcular bem tudo", afirmou.
Para ele, a Costa Rica tem que tomar cuidado para não ter nenhum jogador expulso novamente, como aconteceu no jogo contra a Grécia. "É muito difícil com dez jogadores. A hora da expulsão foi a mais sofrida para mim. Temos que ter mais calma", afirmou Cayasso.
Sobre a possibilidade de a Costa Rica ganhar a Copa do Mundo, ele disse que não quer sonhar. "Isso seria demais. Seria um milagre", afirmou Cayasso.