Investigador entrega à Fifa relatório sobre corrupção na entidade
A Fifa informou, nesta sexta-feira, que já tem em mãos o relatório de 350 páginas feito por Michael Garcia, investigador da entidade máxima do futebol, sobre as suspeitas de corrupção envolvendo as escolhas da Rússia e do Catar, respectivamente, como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
As investigações duraram um ano e podem resultar em punições a dirigentes ligados à entidade máxima do futebol. Uma corte independente, liderada pelo juiz alemão Hans-Joachim Eckert julgará eventuais desvios de conduta ou crimes.
"Durante o ano de investigações, a câmara investigatória ouviu 75 testemunhas e compilou um registro que, adicionado aos áudios das entrevistas, inclui mais de 200 mil páginas de material relevante", disse a Fifa em comunicado.Em outra parte da nota oficial, a entidade máxima do futebol indica que haverá punições. "O relatório apresenta conclusões detalhadas. Faz conclusões sobre medidas com relação a determinados indivíduos, identifica questões para serem ratificadas por outros comitês da Fifa e faz recomendações sobre licitações futuras".
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já admitiu publicamente a possibilidade de tirar o Mundial de 2022 do Catar, que, além das suspeitas de corrupção em torno de sua escolha como sede, apresenta altas temperaturas (que podem chegar a 50º C) nos meses de junho e julho, quando a competição é normalmente disputada.
A própria Fifa já puniu um dirigente acusado de corrupção. O catarino Mohamed Bin Hammam foi afastado sob suspeita de subornar outros dirigentes em troca de votos pela candidatura do Catar, escolhido em 2011 como sede da Copa de 2022.