Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho deixou o Estádio Nacional Mané Garrincha na tarde deste domingo para se reunir com manifestantes após confronto com a polícia em Brasília, antes da abertura da Copa das Confederações. Carvalho defendeu o diálogo, lamentou as cenas de violência e afirmou que a presidente Dilma Rousseff acompanhou a confusão.
“Fiz questão de sair do jogo e vir aqui com os manifestantes. De um lado, a gente precisa garantir um País com a livre manifestação; do outro, é preciso ter diálogo. Nós tentamos dialogar com os manifestantes, mas não foi possível. Acabou indo para a provocação, o que gerou violência”, afirmou Gilberto Carvalho, em referência ao grupo que se reuniu para contestar os gastos do governo na organização da Copa do Mundo de 2014.
O protesto foi realizado no entorno do Estádio Nacional Mané Garrincha e, inicialmente pacífico, gerou confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, que interveio com bombas de gás lacrimogêneo e tiros com bala de borracha. O balanço final foi de 24 presos e 27 feridos. “Espero que isso não se repita, que a gente consiga, no final do jogo, evitar essa cena. Ela não é boa para o País, não é boa para ninguém”, afirmou Gilberto Carvalho.
“A presidenta acompanhou de perto, o tempo todo, pediu que tivesse diálogo. Nós viemos de cara limpa, estou aqui sem nenhuma segurança. Havia quatro membros do governo tentando dialogar. Não houve diálogo com a liderança do protesto e, se a manifestação tivesse se contido, não haveria violência, a violência só ocorreu porque houve aproximação em um lugar que foi pedido para não ter aproximação”, complementou o ministro.
Veja relato de manifestante no estádio do jogo do Brasil:
Dilma Rousseff, colocada entre o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e da CBF, José Maria Marin, inaugurou a Copa das Confederações no Estádio Nacional Mané Garrincha, em momento constrangedor: foi vaiada pelo público. Na partida inaugural, a Seleção Brasileira venceu o Japão. Trata-se da única partida da competição a ser realizada em Brasília.
Menina ficou ensanguentada durante o protesto
Foto: Celso Paiva / Terra
Polícia prende alguns manifestantes nos arredores do Estádio Mané Garrincha
Foto: Celso Paiva / Terra
Manifestantes são detidos pela polícia
Foto: Celso Paiva / Terra
Mulher recebe atendimento após o ferimento na cabeça. Manifestação contra o dinheiro gasto com a Copa do Mundo foi realizada em Brasília
Foto: Celso Paiva / Terra
Manifestantes protestaram contra o investimento na Copa das Confederações. Muitos levaram cartazes pedindo mais investimentos em hospitais e educação
Foto: Celso Paiva / Terra
Antes mesmo da abertura da Copa das Confererações, neste sábado, houve corre-corre e protestos na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília
Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press
O clima esquentou entre os manifestantes e policiais; um dos cartazes dizia "eles querem nos silenciar", em inglês
Foto: AFP
A Tropa de Choque da Polícia Militar se manteve ativa
Foto: Getty Images
A cavalaria se posicionou na frente do estádio para conter os manifestantes
Foto: Getty Images
Policiais, pilotando motos, perseguiram os manifestantes
Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press
As frases fazendo menção à educação no País foram frequentes
Foto: Getty Images
Neste sábado, cerca de 2 mil pessoas se reuniram na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para protestar contra a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada, embora as manifestações tenham sido pacíficas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
As ações coincidem com a data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confereções
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A equipe entra em campo contra o Japão às 16h
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Põe na conta da Fifa", dizia um dos cartazes
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante se cobriu com a bandeira nacional e ofereceu flor ao bloqueio do Choque
Foto: EFE
Manifestação ocorreu horas antes de Brasil x Japão, jogo que inaugura a Copa das Confederações
Foto: EFE
"Se a robalheira não parar, o Brasil vai parar", dizia uma faixa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Os manifestantes se definem como os "novos caras pintadas"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante oferece flor aos policiais
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Eles também se mostraram solidários aos protestos que acontecem na capital paulista, contra as novas tarifas no transporte
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Com a cara pintada, manifestante faz bolinhas de sabão
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A bandeira do Brasil aparece pintada com palavras como "repressão" e "PEC 37"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Cavalaria também foi acionada para conter os protestos
Foto: Celso Junior / Terra
Em cartaz, manifestante usa verso do Hino Nacional para protestar
Foto: Celso Junior / Terra
Os policiais estiveram ativos, mas não houve grandes confrontos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Algumas pessoas apareceram usando máscaras
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Um dos manifestantes improvisou uma máscara caseira
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O protesto começou antes mesmo da abertura do evento
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou em ação na porta do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para tentar barrar cerca de 300 manifestantes que protestam contra a Copa do Mundo de 2014 na manhã deste sábado, data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O movimento "Copa pra quê?" vem ganhando força no entorno dos estádios que sediam a Copa das Conferações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Os manifestantes questionam os investimentos feitos em função da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante faz menção aos protetos na capital paulista contra o aumento do valor da tarifa de ônibus
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra
Os integrantes da ação questionam a ausência de investimento em saúde e educação
Foto: Terra
Manifestante segura cartaz com apoio aos ativistas da cidade de São Paulo, que convive com protestos nas últimas semanas contra o aumento das tarifas de metrô e ônibus
Foto: Terra
Tropa de Choque da Polícia Militar chegou a usar bala de borracha para dispersar os manifestantes
Foto: Terra
Manifestantes saíram da Esplanada e se dirigiram ao Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha)
Foto: Terra
Na manhã deste sábado, cerca de 2 mil jovens realizaram um protesto em Brasília
Foto: Dassler Marques / Terra
A ação é liderada pelo grupo "Copa pra quem?" e por outro grupo que pretende repercutir as manifestações que vêm ocorrendo em São Paulo
Foto: Dassler Marques / Terra
A princípio, o grupo se organizou via redes sociais; ele iniciaram uma caminhada pela avenida Eixo Monumental, que corta a cidade de leste a oeste
Foto: Dassler Marques / Terra
Na última sexta-feira, também ocorram protestos contra os custos com a Copa do Mundo
Foto: Dassler Marques / Terra
O primeiro jogo do campeonato acontece neste sábado, às 16h, com a partida entre Brasil e Japão no Estádio Nacional Mané Garrincha
Foto: Dassler Marques / Terra
Manifestantes seguravam faixas com frases do como: "Copa do Mundo eu abro mão. Quero dinheiro para saúde e educação"
Foto: Dassler Marques / Terra
Além disso, panfletos com logos do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) eram distribuídos pelo movimento
Foto: Dassler Marques / Terra
A manifestação é pacífica, mas a Polícia Militar acompanha a ação
Foto: Dassler Marques / Terra
Segundo os organizadores, o custo da reforma do estádio foi todo bancado pelo governo do Distrito Federal; de acordo com relatório do deputado federal Romário, os gastos superaram R$ 1,2 bilhão
Foto: Dassler Marques / Terra
Partipantes reivindicam mais investimentos em saúde e educação: "aqui tudo é copa"
Foto: Diogo Alcântara / Terra
Manifestante utiliza máscara durante o protesto em Brasília
Foto: Reuters
Durante a manifestação, pessoas protestaram contra o dinheiro gasto nos estádios
Foto: Agência Brasil
Mulheres levaram cartaz em inglês afirmando que o País não precisa da Copa do Mundo, mas sim de hospitais e educação
Foto: Agência Brasil
Cavalaria passa entre os manifestantes
Foto: Reuters
Este policial aceitou uma flor entregue por um manifestante. Durante os protestos algumas pessoas levam flores para simbolizar a paz
Foto: Agência Brasil
Manifestante tenta entregar rosa, mas policial recusa
Foto: AFP
Mulher ironiza e diz que os filhos doentes terão de ser levados aos estádios
Foto: Agência Brasil
Larissa Souza foi baleada na perna com um projétil de borracha durante as manifestações
Foto: Diogo Alcântara / Terra
O governo do Distrito Federal divulgou uma nota afirmando que a segurança de todo Estado estará "garantida" durante a competição
Foto: Rodrigo Araujo / vc repórter
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