Pelé ataca Mano Menezes ao elogiar Felipão por coerência na Seleção
Pelé está satisfeito com o início de trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari na Seleção Brasileira. Ainda mais porque reprovava Mano Menezes, o antecessor de Felipão, pela demora para definir sua escalação predileta para o time. "O Felipão tem sido coerente. Só espero que a gente não corra o risco que corria antes, com Mano Menezes. A cada três, quatro meses, tínhamos uma Seleção diferente", atacou Pelé, que participou de evento promovido pela Volkswagen, nesta segunda-feira.
Na verdade, a segunda convocação (para os amistosos contra Itália e Rússia) de Felipão não chegou a ser tão coerente com a primeira. Com novidades como o atacante Diego Costa, do espanhol Atlético de Madri, e o volante Luiz Gustavo, do alemão Bayern de Munique, o técnico deixou claro que reprovou o desempenho do Brasil na derrota para a Inglaterra.
A principal mudança de Felipão apareceu no meio-campo. O técnico que sonha com um jogador experiente para comandar a Seleção Brasileira agora aposta em Kaká (assim como fazia Mano Menezes) para a missão, e não em Ronaldinho. "Por tudo o que fez, pelo seu caráter, o Kaká já provou que e um exemplo. É claro que pode estar entre os convocados", palpitou Pelé. "Mas o mais importante é estar bem fisicamente. A experiência só é boa com condicionamento físico", ressalvou.
Com Kaká ou Ronaldinho - ou mesmo com os dois juntos -, Pelé quer que a base da Seleção Brasileira para a Copa das Confederações deste ano e para a Copa do Mundo de 2014 seja rapidamente definida. "Nós temos bons jogadores. É preciso colocá-los para treinar e formar um conjunto. Na minha época, muita gente criticou quando convocaram ao mesmo tempo Pelé, o 10 do Santos, Rivellino, o 10 do Corinthians, Tostão, o 10 do Cruzeiro, e Gerson, o 10 do Botafogo. Treinando, dá certo", disse, confiante. "O Parreira é um bom auxiliar, pois conhece bem os jogadores. Vamos ver se tudo se torna viável dentro de campo."
De qualquer forma, a maior preocupação de Pelé para 2014 é outra. "Dentro de campo, Brasil é Brasil. É o maior, como todos sabem. Mas o mais importante é fora de campo, na educação e tudo o mais. Devemos levar a organização da Copa muito a sério. O Brasil não pode perder essa oportunidade única de se apresentar bem também fora dos gramados. É uma grande responsabilidade. Se Deus quiser, vamos nos unir e dar conta disso", concluiu o crítico de Mano Menezes.