Pressão por novos atacantes não tira sono de Fred e Jô
Jogadores viveram últimos meses a pressão de verem nomes como de Hernane e Alan Kardec serem especulados para o ataque da Seleção
Campeões da Copa das Confederações e homens de confiança do técnico Luiz Felipe Scolari, os atacantes Jô e Fred se apresentaram nesta segunda-feira à Seleção Brasileira em Johannesburgo depois de viverem semanas de indefinição. Por mais que se sintam parte do grupo que vai disputar o Mundial, os jogadores conviveram com a expectativa por uma convocação tardia e a pressão externa por novos nomes no ataque.
A opção de Felipão em segurar a lista de jogadores que atuam no Brasil até o último momento foi interpretada como uma abertura para experimentos na posição. Em entrevista posterior à convocação de atletas do exterior, o próprio treinador deixou no ar a possibilidade, mas a recuperação física de Fred e a constância no futebol de Jô garantiram manutenção da dupla para o amistoso desta quarta-feira contra a África do Sul no Soccer City.
“O Felipão, o Parreira, o Murtosa... Todos passaram muita confiança. Eles dão tranquilidade para trabalhar, mas tenho que demonstrar muito por eles, com seriedade e trabalho”, disse Fred, que retorna à Seleção depois de seis jogos afastado por uma lesão. Recentemente ele voltou a ter problemas físicos, o que ajudou na opção de Felipão de segurar a lista nacional.
Com paciência para conversar com a imprensa por dez minutos, fato raro em uma apresentação à Seleção, o atacante disse que está totalmente recuperado para o jogo desta quarta-feira, como provou no dia a dia do Fluminense em 2014.
“Esse ano eu estou jogando normalmente no meu clube (Fluminense). O Carioca é puxado, tem jogo de quarta e fim de semana. Quando joga no Maracanã o campo é bom, mas às vezes em as condições são ruins. Entro para dar meu melhor sempre. Lá a cobrança é forte. Se estiver bem lá, estarei bem aqui”, afirmou.
Jô apresentou um discurso parecido com Fred em relação à comissão técnica. O atacante conviveu com especulações de que o palmeirense Alan Kardec, o santista Leandro Damião e o flamenguista Hernane poderiam entrar na briga por uma vaga no ataque da Seleção, mas sempre esperou ver seu nome na lista.
“Fiquei tranquilo. Todas as vezes que eu fui acionado fiz um bom papel. Respeitamos os atacantes que jogam no Brasil, mas fiquei tranquilo. O Felipão me deu essa confiança e terei mais essa chance de retribuir a oportunidade que ele me deu”, disse o atleticano, que substituiu Fred em cinco dos últimos seis jogos.
“Essa foi a última lista (antes da convocação final). Quem está aqui deu um passo enorme. Não digo que está garantido, mas está perto. Tem que fazer um bom trabalho para estar na lista final”, completou.