RS: com vexame do Brasil, Fan Fest comemora gols da Alemanha
Torcida presente no Anfiteatro Pôr-do-Sol, em Porto Alegre, ficou incrédula diante do massacre alemão na Copa
Mais de 5 mil pessoas se reuniram na tarde desta terça-feira na Fifa Fan Fest de Porto Alegre para acompanhar a partida decisiva entre Brasil e Alemanha. Se antes do jogo a torcida gaúcha esbanjava confiança na classificação à final da Copa e pediam que o torneio nunca acabasse, bastaram 25 minutos de massacre alemão para que o desânimo tomasse conta do Anfiteatro Pôr-do-Sol.
Antes mesmo do apito inicial, as amigas Camila, 20 anos, e Tainá, 19, já demonstravam um princípio de saudosismo com a aproximação do fim da Copa. “Foi um mês maravilhoso, já está até batendo uma tristeza com o fim da Copa. Vou lançar a campanha ‘Copa do Mundo por um ano’”, divertiu-se Camila, que elencou as festas nas ruas da cidade como uma das coisas que mais sentirá falta com o término da Copa.
A empolgação da torcida era visível, e se traduziu em mais uma execução emocionada do Hino Brasileiro antes do jogo. Dentro de campo, porém, bastaram poucos minutos para que a esperança do hexa em casa se esvaísse. Primeiro Müller, depois Klose, Kroos e Khedira: com acachapantes 5 a 0 ainda no primeiro tempo, o público presente na Fan Fest ficou em estado de choque, sem acreditar no que presenciava no telão.
Muitos torcedores já deixavam a Fan Fest quando a Alemanha havia feito apenas três gols em Júlio Cesar – mal sabiam que o pesadelo estava longe do fim. “Não estou acreditando, o que é isso, vou embora”, dizia uma moça, praticamente chorando ao telefone pouco antes do término do primeiro tempo.
“Sabia que não ia ganhar, mas não acreditava que seria um fiasco, até o alemão mais otimista não acreditava em um resultado desses. Eu achava que seria 1 a 1, com prorrogação e pênaltis”, dizia Gustavo Brum, ao final do primeiro tempo.
“Não dá para ficar, não consigo ver isso, vou acompanhar o resto pelo rádio a caminho de casa”, dizia Fernando Leal, acompanhado da família ao final do primeiro tempo. “Ainda tem mais 45 minutos, eu ainda acredito”, dizia Carmen de Abreu, torcendo ainda por uma reação antes do início da segunda etapa.
No segundo tempo, a coisa mudou pouco em campo, mas a torcida parecia ter mudado de lado: o sexto e o sétimo gols da Alemanha foram comemorados quase como se fossem gols do Brasil, apesar de a torcida ainda reagir com as tentativas brasileiras.
Aos prantos, Maira Calini chorava ao final do jogo, incrédula com o que tinha acabado de testemunhar. “Eu não acredito que aconteceu isso, ainda não entendi o que aconteceu. Mas o Brasil vai conseguir o terceiro lugar”, dizia.
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