Torcida faz "caldeirão" em aquecimento e é aplaudida pela Seleção
A costumeira falta de paciência da torcida paulista foi apontada como arma até pelo técnico da Croácia, Niko Kovac, mas, antes de a bola rolar, os espectadores no estádio de Itaquera cumpriram o pedido feito pela Seleção Brasileira de formar um "caldeirão". O ânimo gerou, inclusive, intensas vaias aos adversários da estreia na Copa do Mundo.
A primeira demonstração de total carinho antes de o jogo começar surgiu quando Júlio César, Jefferson e Victor entraram no gramado para se aquecer. Os aplausos foram tão intensos que os goleiros se abraçaram junto com o preparador Carlos Pracidelli, emocionados. Logo a torcida incentivou o titular gritando "É, Júlio César".
Os goleiros croatas apareceram depois, e receberam cânticos bem menos amistosos. Vaiados, se direcionaram aos compatriotas que se espalharam pela arena do Corinthians para aplaudi-los pelo incentivo. Logo, ouviram parte do estádio responder com os cânticos de "Brasil" e "Lê, lê lê ô, lê lê ô, lê lê ô, Brasil".
As vaias se tornaram ainda mais intensas quando os jogadores de linha da Croácia apareceram para se aquecer e trocar passes. A pressão só não foi maior porque os brasileiros entraram no gramado logo em seguida, emocionando-se e emocionando quem o esperava entre os espectadores.
David Luiz agradeceu aos Céus antes de se juntar aos colegas e retribuir o incentivo com intenso aplauso. As músicas executadas pelo sistema de som até pararam para que time e torcida curtissem o momento de empatia antes da primeira partida válida por uma Copa do Mundo no Brasil em 64 anos.
Passada histeria da entrada do elenco, que já recebia aplauso quando o telão exibiu o trajeto do ônibus até o estádio minutos antes, Neymar recebeu gritos particulares vindos das numeradas localizadas atrás do gol em que os arqueiros de Luiz Felipe Scolari treinavam.
Os gritos de vibração voltaram a ser ampliados quando o telão anunciou com imagens dos jogadores a escalação brasileira para enfrentar a Croácia a partir das 17 horas (de Brasília) desta quinta-feira, com vibração maior para Paulinho, Fred e, principalmente, Neymar e Felipão. Os rivais, como já previam, foram vaiados.
Antes da volta para os vestiários, os três goleiros brasileiros se abraçaram novamente e se juntaram aos outros 20 jogadores escolhidos por Felipão para representar o país anfitrião desta Copa do Mundo. A caminhada para as partes internas do estádio, mais uma vez, foi sob aplausos.