Veja como estádios da Copa devem ser aproveitados no futuro
Com o fim da Copa do Mundo de 2014 no último domingo, o tão falado legado do megaevento começará a ser questionado a partir do aproveitamento dos 12 estádios erguidos e modelados especialmente para os 64 jogos realizados entre junho e julho. Localizadas em 12 estados do País, as arenas multiuso devem ser utilizadas de maneiras diferentes Brasil afora e alguns pontos de interrogação levantados antes do Mundial seguem sem resposta.
Abaixo, o Terra projetou o que deve acontecer em cada uma das sedes da Copa do Mundo, além de constatar que os maiores elefantes brancos em potencial ainda seguem sem saber para o que serão utilizados nos próximos anos.
Arena das Dunas
Multiuso, a Arena das Dunas será utilizada do ponto de vista esportivo pelo América-RN na Série B do Campeonato Brasileiro. Um dos menores estádios da Copa do Mundo, a sede potiguar terá removidas arquibancadas provisórias utilizadas durante o Mundial e trabalhará com uma capacidade de mais de 31 mil lugares para o futuro.
Além disso, a Arena das Dunas conta com espaços para receber eventos de dimensões distintas, sejam shows dentro do estádio ou no calçadão ao lado dele ou até reuniões menores nas instalações internas da praça esportiva.
Arena Fonte Nova
Ligada diretamente ao Bahia, que a utiliza desde a reinauguração em 2013, a Arena Fonte Nova terá seus 50 mil lugares disponíveis para o restante do Campeonato Brasileiro deste ano.
O discurso clichê de que o estádio não será utilizado apenas para o futebol se aplica à sede baiana da Copa do Mundo, que promete servir como uma arena multiuso, recebendo shows, eventos culturais e até competições de esportes radicais indoor.
Arena Castelão
A Arena Castelão será operada pela sua administradora até 2018. Construído em uma pareceria público-privada, o estádio receberá, por contrato, partidas do Ceará e do Fortaleza, dois maiores clubes do estado, nos próximos cinco anos.
O Ceará, em especial, tem aproveitado os jogos que mandou na sede cearense da Copa do Mundo, aproveitando-a para despontar na liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. Já o rival Fortaleza também lidera a competição que disputa, a Série C. Os dois clubes devem garantir uma boa utilização da Arena Castelão nos próximos anos.
Arena Pernambuco
Nova casa do Náutico desde o encerramento da Copa das Confederações em 2013, a Arena Pernambuco viu o clube alvirrubro ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro sem ter a tradicional força ao jogar em casa que tinha no Estádios dos Aflitos.
O estádio pernambucano também segue a premissa das arenas multiuso, disponíveis para espetáculos e eventos além do futebol. Para partidas de futebol, até 46 mil torcedores poderão ocupar as cadeiras das arquibancadas.
Arena Pantanal
Localizada em uma cidade sem um clube de expressão no País, a Arena Pantanal cogita até receber jogos de futebol americano para não se tornar um elefante branco.
Depois de se despedir da Copa do Mundo, o estádio da capital cuiabana abriu uma licitação para quem irá assumir a gestão da praça esportiva no futuro. Das equipes matogrossenses que disputam torneios organizados pela CBF, o Luverdense é o que está melhor colocado atualmente, fazendo parte da Série B. Cuiabá e Mixto participam respectivamente das Séries C e D.
Estádio Mané Garrincha
Estádio mais caro da Copa do Mundo, o Mané Garrincha também é um dos maiores elefantes brancos em potencial. Sem grandes clubes para jogar em Brasília, a sede da capital do País no Mundial tem um calendário vazio de jogos até o fim de 2014.
Utilizado por clubes da Série A após a Copa das Confederações, o Mané Garrincha até recebeu um bons públicos de início, mas os altos preços de ingressos afastaram torcedores e deixaram as arquibancadas mais vazias posteriormente.
Arena da Amazônia
Mais um estádio em uma cidade sem clubes de grande expressão, a Arena Amazônia é uma das sedes da Copa do Mundo com o destino mais dúbio. O governo do estado de Amazonas é dono do empreendimento e não definiu o que fará com ele no futuro.
As possibilidades maiores são o repasse para a operação da iniciativa privada ou uma licitação de concessão do espaço. O maior entrave é arrumar alguém interessado em bancar o custo de manutenção de cerca de R$ 500 mil por mês.
Estádio do Mineirão
Administrado pela Minas Arena, o Estádio do Mineirão está em funcionamento desde 2013 e recebe jogos do Cruzeiro em todas as competições disputadas pelo clube celeste.
Arena Corinthians
Devolvida ao clube paulista, a Arena Corinthians passará pelo desmonte de estruturas provisórias erguidas especialmente para a Copa do Mundo. Estas não impedirão que o time paulista utilize o estádio para a disputa do Campeonato Brasileiro, mas resultarão na diminuição da capacidade máxima de torcedores.
Ao todo, o estádio corintiano passará a receber 48 mil torcedores nas suas arquibancadas, que também terão retiradas da sua estrutura cadeiras nos setores em que as torcidas organizadas ficarão localizadas.
Estádio Maracanã
Com o Engenhão em obras, o Maracanã virou o estádio que receberá jogos de Fluminense, Flamengo e Botafogo nos próximos anos.
Apesar da reforma bilionária para a Copa do Mundo, o histórico estádio carioca deve entrar em obras novamente em um futuro próximo para adaptações aos Jogos Olímpicos de 2016, nos quais será o palco das Cerimônias de Abertura e Encerramento.
Estádio Beira-Rio
Pertencente ao Internacional, o Estádio Beira-Rio passará a ser utilizado pelos torcedores do clube colorado, que o frequentaram em raras ocasiões desde a sua reinauguração para a Copa do Mundo de 2014.
Arena da Baixada
Apesar das dificuldades para concluir a obra a tempo para a Copa do Mundo, a Arena da Baixada ficou pronta e será utilizada pelo Atlético-PR, proprietário do estádio, na sequência do Campeonato Brasileiro e para o futuro.