Japão pega eliminada Polônia em busca de vaga nas oitavas
Japoneses precisam de um empate nesta quinta-feira, às 11 horas, em Volgogrado
Em momentos distintos, Japão e Polônia se enfrentam nesta quinta-feira, às 11h (de Brasília), na Arena Volgogrado, em Volgogrado, pela terceira rodada do Grupo H da Copa do Mundo da Rússia. Enquanto os japoneses buscam a sua terceira classificação às oitavas de final do torneio, os poloneses querem evitar o vexame de perder os três jogos da primeira fase pela primeira vez em sua história.
A trajetória do Japão em Copas do Mundo é relativamente curta, de apenas 20 anos. O debute ocorreu em 1998, na França. De lá para cá, foram seis participações seguidas, incluindo o torneio na Rússia este ano. Uma regularidade, é fato, mas sem nunca ter surpreendido.
Os asiáticos alcançaram as oitavas de final em 2002, quando disputaram a competição em seus domínios (dividiram a sede com a Coreia do Sul), e em 2010, na África do Sul. Contra a Polônia, o Japão visa igualar a sua melhor performance em Mundial.
Líder do grupo, a equipe vai colocar em campo a frieza e a tranquilidade características dos japoneses para conquistar o objetivo. A velocidade dos jogadores, bem preparados fisicamente, será outro trunfo do time do técnico Akira Nishino.
Mais do que a correria dos atletas, o treinador armou a sua seleção para "gastar a bola" e fazer valer a superioridade no meio de campo. "Vamos segurar a bola, mover a bola e nos mover. Somos rápidos. A bola não fica cansada e temos que usá-la nos momentos certos", afirmou Akira Nishino.
O Japão lidera o grupo com quatro pontos. Venceu a Colômbia na estreia, por 2 a 1, e empatou com Senegal, por 2 a 2. Um empate o qualifica à próxima fase. Senegal tem os mesmos quatro pontos e encara a Colômbia, com três. O trio briga por duas vagas.
A Polônia vai para o jogo diante dos japoneses já eliminada. Nas duas partidas até aqui, perdeu para Senegal (2 a 1) e Colômbia (3 a 0). Os europeus, porém, vão em busca da vitória "pela honra", como disse o técnico Adam Nawalka.
Ele se referiu ao fato de os poloneses nunca terem perdido os três jogos da primeira fase. Uma derrota, portanto, vai render ao país a pior participação em Copas do Mundo. Em 2002 e 2006 se safou do vexame com triunfos justamente no terceiro jogo, como agora.
"Não é um momento fácil para nós, especialmente do ponto de vista mental. Todos sabemos que falhamos. O jogo contra o Japão é muito importante para nós, pois precisamos provar que nós somos a equipe que nunca desiste", disse o meia Jakub Blaszczykowski, o Kuba.
A equipe vai para cima do Japão, mas pressionada. O vigor físico dos jogadores é uma das armas. E a esperança de gols do time é o atacante Robert Lewandowski, que ainda não balançou a rede na Rússia, onde debuta em Mundial. Pela seleção, tem 95 jogos e 55 gols. Na carreira, são 496 partidas e 316 tentos. Em Copas do Mundo, dois duelos em branco. Pouco para o artilheiro do Bayern de Munique, que sonhava em levar a Polônia às fases finais da competição, a exemplo do que ocorreu em 1974 e 1982, quando o país ficou na terceira posição.
Entrar para a história de forma negativa está fora dos planos de Lewandowski e companhia. Mas o Japão não está preocupado com isso.