Mundial da Rússia esteve no centro de escândalo de corrupção
Suspeitas de que a escolha da sede teria ocorrido por compra de votos aumentaram em 2015
A Copa do Mundo da Rússia esteve sob fogo cruzado nos últimos anos em razão de denúncias de que a escolha da sede teria se concretizado por compra de votos. Um dos principais alvos das investigações, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira sempre negou participação no esquema. As acusações miravam o dirigente e outros nomes de peso da cartolagem da América do Sul.
Essa suspeita se avolumou após a prisão de vários capos do futebol mundial, em maio de 2015, às vésperas de um congresso da Fifa, na Suíça. Na oportunidade, o então vice-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. Condenado pela Justiça dos Estados Unidos, ele espera a sentença num presídio de Nova York.
Ricardo Teixeira tinha cargo de executivo na Fifa e direito a voto na eleição de Rússia e Catar como sedes dos Mundiais de 2018 e 2002. Em relatório produzido internamente pela Fifa, o dirigente foi citado seis vezes como possível agente nas supostas negociações de compra de voto.
Essa investigação foi arquivada pelo Comitê de Ética da Fifa em 2014, o que gerou uma crise na entidade – havia na federação internacional de futebol quem defendesse que a apuração já não deixava dúvidas sobre o esquema de corrupção.
Em entrevista ao Terra, em junho de 2015, Teixeira disse que as denúncias eram descabidas, sem o menor fundamento.