Sampaoli revela "sonho de infância": ser técnico do River
Um dos principais mentores de um projeto que está alçando a seleção chilena a um posto de destaque em termos continentais, Jorge Sampaoli confessou, em participação em uma rádio argentina na última quinta-feira, que sonha desde criança em ser técnico do River Plate. Com passagens pelo futebol argentino, Sampaoli tem contrato com o Chile até o Mundial de 2018, mas segue com o River nos planos.
Atual campeão da Copa América, após somar uma ida às oitavas de final da última Copa do Mundo, Sampaoli está satisfeito com o atual cenário, mas nutre vontade de fazer história em seu país. “Meu sonho é comandar o River. Sai de um povoado pequeno, Casilda, e são sonhos de criança que não posso tirar da minha cabeça. Para mim é especial. Prefiro um projeto que me dê a possibilidade de realizar um sonho do que outro que interessa a muitos”, admitiu em participação no programa American Closs.
Apesar do bom começo nas Eliminatórias, tendo emendado vitórias contra Brasil e Peru, Sampaoli reconhece que a seleção chilena, apesar de ser a atual campeã da América, não é a principal potência em evidência na disputa. “Individualmente, Argentina e Brasil estão por cima de todos. As Eliminatórias vão ser duríssimas até o final, e as equipes dependerão da atuação de seus jogadores para classificarem”, destacou.
Com passagens por Racing, Newell’s Old Boys, San Lorenzo e Estudiantes, Sampaoli tem contrato com a Federação Chilena até 2018 e está imbuído da missão de levar o Chile ao Mundial da Rússia. “Sentimos que temos uma proposta clara de jogo: aonde quer que joguemos, vamos buscar ser protagonistas”, resumiu o treinador, que viu da beira do campo a Roja bater o Brasil por 2 a 0, acabando com um jejum de 15 anos, e vencer o Peru, por 4 a 3, fora de casa.
Sucessor de Marcelo Bielsa na seleção chilena, Sampaoli até compartilha alguns pensamentos do antecessor, mas se mostra muito mais acessível no aspecto relacional. Elogiado por grande parte do elenco da seleção, o treinador já foi especulado em outros clubes durante o projeto com o Chile, inclusive, no São Paulo. Contudo, a Federação e a imprensa chilena dão como certa a permanência do comandante pelos próximos três anos.