Casagrande, o campeão de tretas da Copa
Mundial acaba com o ex-jogador no topo dos embates e polêmicas
A bola rolou na Copa do Catar em 20 de novembro e Walter Casagrande já partiu para o ataque. Foi à linha de fundo, passou de passagem pelos adversários, driblou, finalizou, cobrou escanteio e correu para cabecear na área. Com tamanha intensidade, exatamente a que faltou à seleção brasileira na competição, Casagrande chega ao final da Copa como um grande goleador ... de polêmicas.
O ex-craque do Corinthians e da própria Seleção se envolveu em tretas com vários personagens. Suas rusgas com Neymar voltaram a aflorar na Copa e tiveram um clímax quando questionou o porquê de Neymar não ter se antecipado aos colegas para cobrar um pênalti na disputa de vaga à semifinal com a Croácia.
Antes, usou sua verve para criticar a escalação de um time reserva do Brasil no confronto com Camarões, pela terceira rodada da fase de grupos. Posicionou-se contra isso dias antes do jogo. Com a derrota da Seleção, a primeira para equipes africanas em mundiais, Casagrande mirou o técnico Tite. Em seus comentários, afirmou que quem dizia que a derrota “veio na hora certa” não entendia nada de futebol.
Naquele mesmo dia, antes de Casão falar isso, outro ex-craque, Júnior, dissera durante a transmissão da partida pela TV Globo que a “derrota (para Camarões) veio na hora certa”, pois o Brasil já estava classificado para as oitavas de final.
Em meio à caminhada do Brasil no Catar, ele foi veemente em sua análise das imagens que correram o mundo com Ronaldo e alguns jogadores da seleção atual se divertindo num jantar de carne regada a ouro. Considerou aquilo um despropósito e alfinetou Ronaldo por interpretar a atitude como um exemplo de desconexão total com a realidade do País.
Ele também comprou briga com outros campeões mundiais de 2002, entre os quais Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu e Kaká, que estavam assistindo aos jogos do Brasil de camarote a convite da Fifa. Casagrande os chamou de “papagaios de pirata” da Fifa e se manifestou contrariado com o fato de alguns deles terem apoiado publicamente o presidente Jair Bolsonaro à reeleição.
Por fim, Casagrande duelou com Tiago Leifert, que saiu em defesa de outro campeão de 2002, Marcos, depois de uma troca de farpas nas redes sociais entre o ex-goleiro e o ex-atacante.
A partir disso, num novo texto em sua coluna, no Uol, Casão afirmou que o jornalista (Tiago) “representa a burguesia reacionária que se impõe através de carteirada”, acusando o ex-apresentador do Big Brother Brasil (BBB) de ter usado de sua influência na TV Globo, como filho de um diretor da emissora, para prejudicá-lo, “a fim de favorecer comentaristas amigos”.
O jornalista respondeu às acusações em tom ameno, negando que tenha tentado atrapalhar a trajetória de Casagrande ou de qualquer outra pessoa na Globo.